Grêmio garimpa reforços para base com percentual mínimo e estratégia
Dar espaço aos jovens formados nas categorias de base é uma política de futebol cada vez mais forte no Grêmio. Mas antes de promover e usar, o Tricolor tem garimpado no mercado atletas para os times inferiores ou o chamado grupo de transição com duas regras básicas: percentual mínimo de direitos econômicos adquiridos e empréstimo como estratégia.
Há meses, o Grêmio dificilmente contrata algum atleta para a base se não puder ficar com 70% dos direitos econômicos. Seja no ato da contratação ou nos meses seguintes, por meio de gatilhos previstos de contrato.
A medida de fixar um percentual mínimo visa lucro e garantias maiores no longo prazo. Com pelo menos 70% do jogador, o Tricolor tem receita mais volumosa em caso de negócio futuro e também pode barganhar melhor em processos de renovação.
Uma saída para evitar que nomes de destaque nos times da base cheguem ao profissional com percentual diminuto. O caso de Ramiro, no Grêmio desde 2013, é raro. O camisa 17 é titular absoluto da equipe treinada por Renato Gaúcho, mas o Tricolor possui apenas 10% de seus direitos econômicos. O restante foi negociado com investidores para ajudar nas finanças. Anderson, zagueiro ex-Confiança-SE, foi adquirido com cláusula que faz o Tricolor chegar a 75% dos direitos econômicos.
Além da compra de 70% ou mais, o Grêmio tem procurado muitos empréstimos com valor fixado em contrato para eventual compra em definitivo. Esse modelo foi aplicado com Martín Chaves, considerado uma joia do futebol uruguaio e que renovou por mais um ano junto ao Peñarol. O procedimento foi executado também com Marco Saravia, 18 anos, ex-Deportivo Municipal-PER.
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