Lateral adulterou nacionalidade e jogou por clube que não usa estrangeiros

Lateral-direito do El Nacional, do Equador, Rinson López foi suspenso por seis meses pela Federação Equatoriana de Futebol por adulterar seu registro como jogador profissional. Entre as informações falsas fornecidas pelo defensor, está sua nacionalidade: ele é colombiano e atuava por um clube que jamais havia escalado um estrangeiro em sua história.

De acordo com reportagem do jornal equatoriano "El Comercio", López foi registrado como jogador dia 7 de julho de 2009 ligado ao Aucas. Depois, passou por Macará, Pelileo, Espoli e Juventud Independiente Tabacundo até 2015, quando foi contratado pelo El Nacional, clube que tem como filosofia escalar apenas jogadores nascidos no país.

"Quero pedir desculpas a todo o Equador e ao El Nacional, porque aos 17 anos cheguei ao Equador para trabalhar. Conheci pessoas que queriam me ajudar, mas me ajudaram pelo caminho errado, tiraram esse documento. Agora percebo que poderia me naturalizar calmamente", confessou López, em entrevista à rádio equatoriana "Única".

"Eu não tenho mais ninguém para ajudar a resolver meus documentos, ninguém que me diga 'venha aqui'. Graças a Deus, a sanção está apenas aqui no Equador. Eu não tenho nenhuma proposta de lugar nenhum, vou continuar treinando sozinho, esperando por uma oportunidade", completou.

O lateral-direito ainda afirmou que o clube não tem nada a ver com a adulteração de seu registro profissional.

"O El Nacional não tem responsabilidade nem culpa de nada que eu fiz", declarou.

Presidente do El Nacional, Tito Manjarrez disse que o jogador está afastado do clube.

"Rinson é uma ótima pessoa, um excelente profissional, mas cometeu esse erro e está fora da equipe", afirmou.

Nesta temporada, López disputou 30 partidas e fez um gol pelo El Nacional. Assim, o defensor se tornou o primeiro estrangeiro a jogar pelo clube e a marcar um gol com sua camisa.