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Dirigente do Fluminense explica dispensas de jogadores por telefone

Marcus Vinícius Freire (à esquerda) em sua apresentação no Fluminense - Lucas Merçon/Fluminense FC
Marcus Vinícius Freire (à esquerda) em sua apresentação no Fluminense Imagem: Lucas Merçon/Fluminense FC

Do UOL, em São Paulo

29/12/2017 11h57

Diretor-geral do Fluminense, Marcus Vinícius Freire explicou porque entrou em contato com os jogadores dispensados pelo clube por telefone. De acordo com o dirigente, o tipo de contato aconteceu por conta da dificuldade de comunicação com os atletas durante as férias.

Quando questionado sobre matéria do UOL Esporte que noticia a insatisfação de Diego Cavalieri com o contato telefônico, o diretor-geral usou as férias dos jogadores para se explicar.

"Jogadores estão todos de férias, viajando, alguns fora do Brasil, e nós o encontramos da forma que foi possível. Acho normal jogador sentir isso, funciona de forma ruim para quem está no time. A gente sente muito, era um jogador importantíssimo, uma pessoa maravilhosa, um ídolo da torcida, mas a gente entende que esse foi o formato em função das datas. Hoje é o último dia útil do ano, e o time se apresenta na quarta. Por isso aconteceu essa ação programada. Esperamos continuar nesse trabalho junto com jogadores, agentes, advogados para recolocar esses jogadores. Alguns com mais facilidade, outros com mais dificuldade em função de salários altos. O Fluminense não pode pagar, mas a gente espera que outros clubes possam", declarou Freire, em entrevista à "ESPN".

O dirigente ainda afirmou que as dispensas foram feitas após diagnóstico da situação financeira do Fluminense.

"São ídolos do clube e da torcida, mas a dificuldade financeira foi o que nos fez montar uma estrutura que coubesse no orçamento do ano que vem. O Fluminense herdou contratação de valores grandes e contratos longos. O Presidente foi atrás de um especialista em negociações, foi feito um diagnóstico. Nesse momento, são duas necessidades para o ano que vem: reduzir despesas e aumentar receitas. Com essas movimentações, garantimos uma economia em torno de 20 milhões por ano, e a partir do começo do ano vamos começar a correr atrás de máster patrocinador, aumento dos sócios, melhora nas contas de quando o Fluminense jogar no Maracanã. Tivemos dificuldades no Maracanã. Tendência é que isso não aconteça em 2018 e 2019", explicou.

Freire ainda disse que Abel Braga fez parte do grupo que optou pelas dispensas dos jogadores.

"Como ele mesmo explicou, é o comandante dentro de campo, mas faz parte desse comitê. Vem discutido há algum tempo a montagem para 2018. Impressão que tenho é que ficou surpreso com a data é a gora. Como está de férias, está lugar em que contato é difícil. O Paulo Autuori tem falado com ele todas as noites. Ele faz parte do comitê que está estruturando o time", esclareceu.