Sem dinheiro, base vira solução para o Botafogo dentro e fora de campo

Em crise financeira, o Botafogo mudou perfil e adotou postura de formador nos últimos anos. A solução passa pela constante renovação de nomes dentro e fora de campo. Se antes a base era utilizada apenas para formar jovens atletas, o Alvinegro, agora, tem aproveitado para revelar também treinadores.

Jair Ventura assumiu o Botafogo tão logo o clube perdeu Ricardo Gomes para o São Paulo, em 2016. O treinador teve arrancada espetacular e fugiu da luta contra o rebaixamento para se classificar à Libertadores no fim do ano. Na temporada seguinte, mais um bom desempenho. Principalmente na competição internacional, onde chegou até as quartas de final.

Ao perder Jair Ventura para o Santos, no fim do ano passado, o Botafogo não pensou duas vezes em promover Felipe Conceição, auxiliar permanente da comissão técnica e que tinha feito grande trabalho no sub-17. O novo treinador defende a prática adotada pela diretoria.

“Não é porque virei treinador agora que defendo isso. O Botafogo passa por uma renovação e nada melhor que trazer pessoas identificadas com o clube, como é meu caso e também era do Jair. Isso ajuda demais porque entendemos como o clube funciona e suas necessidades”, disse Felipe.

Evidentemente que a base será também aproveitada dentro de campo. No elenco, o Botafogo já contava com Saulo, Igor Rabello, Marcelo, Marcinho, Yuri, Matheus Fernandes, Bochecha, Leandrinho e Pachu. Além desses, outro atletas serão integrados ao elenco na atual temporada: Ezequiel, Lucas Campos, Kanu e Wellerson.

“Elenco tem média de idade entre 23 e 24 anos, mas temos referências. Temos 10 atletas com idade boa para ajudar esse elenco a se desenvolver. Espero para a temporada muitas vitórias e crescimento. As palavras são performance e crescimento”, finalizou o técnico Felipe Conceição.