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Após "missão de vida" na Chape, experiente goleiro pode voltar a Portugal

Goleiro foi capitão na campanha que rendeu o título catarinense de 2017 à Chape - Reprodução/Facebook
Goleiro foi capitão na campanha que rendeu o título catarinense de 2017 à Chape Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

06/01/2018 10h37

Goleiro titular da Chapecoense nos primeiros meses do processo de restruturação vivido em 2017, o experiente Artur Moraes deixou o clube ao fim da última temporada e abriu as portas para a possibilidade de um retorno a Portugal, onde já defendeu o Benfica por quatro temporadas e também o Sporting Braga. Aos 36 anos, o jogador ainda não tem destino certo, mas animou-se com a perspectiva de uma oferta do próprio Benfica, que ainda não firmou um goleiro titular entre os jovens Mile Svilar e Bruno Varela.

"O time não tem estabilidade e isso se reflete no gol. O Varela e o Svilar são dois jovens goleiros e não é fácil ser titular do Benfica, mas ambos têm qualidade e margem de crescimento", disse Artur, ao jornal português "Correio da Manhã", que o questionou se ele achava ter espaço no Benfica para a sequência da temporada 2017/2018.

"Sim, acho que eu teria lugar neste Benfica. Se dissesse que não estaria mentindo. Mas estou de fora torcendo pelos meninos e pelo título. (Se fosse convidado) Iria agora. Todos sabem que me identifico e gosto do clube", relatou o goleiro de mais de cem partidas pelo Benfica.

Revelado pelas categorias de base do Paulista de Jundiaí, Artur Moraes defendeu Cruzeiro e Coritiba antes de sair do Brasil, onde vestiu as camisas de Siena, Cesena e Roma, na Itália, além dos dois portugueses e do Osmanlispor, da Turquia. Em 2017, foi um dos primeiros reforços da Chapecoense em seu processo de recuperação e atuou 22 partidas antes do fim do contrato.

"Não podia recusar (a proposta da Chapecoense). Foi uma missão de vida, mais do que uma missão como jogador. Vi uma cidade em luto e jogar para tentar alegrar e dar vida à cidade foi especial, conviver todos os dias com os três sobreviventes do acidente e ver a luta desses meninos é algo muito importante para a sua vida. Foi um ano intenso, mais difícil do que eu imaginei. Cresci mais como pessoa na Chapecoense do que em toda a minha vida", disse Artur, que planeja fechar com um time de Portugal nas próximas semanas.