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Homem de quatro divisões, W. Simião preferiu Coritiba ao Fortaleza de Ceni

Simião (de colete) é um dos mais experientes no novo Coritiba - Comunicação CFC
Simião (de colete) é um dos mais experientes no novo Coritiba Imagem: Comunicação CFC

Napoleão de Almeida

Colaboração para o UOL

10/01/2018 15h49

O meia Wellington Simião é um dos símbolos da remontagem do Coritiba após a queda do clube para a Série B nacional em 2017. Ex-Avaí – que será adversário do Coxa na Segundona – Simião chegou ao Alviverde para da experiência a um elenco com 18 pratas-da-casa. E que experiência: poucos jogadores no Brasil tem as 4 divisões nacionais no currículo.

Aos 30 anos, Simião rodou por 13 equipes até chegar ao Coxa, uma delas na Tailândia, o Buriram United. Nesse caminho, jogos pelas quatro divisões nacionais. “Joguei a D pelo Ituano em 2016, tecnicamente não exige tanto. É mais na imposição física, campos ruins, a D deixa a técnica de lado. Joguei pelo Luverdense a C, em 2009, depois pelo Guarani (2013) e pelo Icasa (2012) também, o Icasa subiu naquele ano. Já é um pouco mais qualificada, mas também é muita vontade, imposição física. Quase como a D, mas com a qualidade mais elevada”, contou sobre as divisões menores.

Para o Coxa, estar na Série B é um ano de castigo. Simião, que rodou em divisões menores, vê como uma divisão qualificada. “A B é quase uma Série A. Tem jogadores de qualidade, você tem que errar menos. A B tem uma competitividade maior, uma coisa parecida com a D e C, que é muita vontade, enquanto a A é mais jogada, só que na B os atletas tem mais qualidade. Na D e C, se você erra, a outra equipe nem sempre aproveita. Na B e na A, se você erra é fatal”, relatou, passando a experiência de quem jogou a Segundona pelo Vila Nova-GO.

Simião optou pelo Coxa, mesmo com propostas de permanência no Avaí, ida a Ponte Preta ou ao Fortaleza de Rogério Ceni. “Pela grandeza do Coritiba. É uma equipe grande do Brasil, vendo os títulos que tem, as decisões que disputou. Isso mexeu muito comigo, eu escolhi o Coritiba. Numa primeira conversa com o Avaí eles queriam me emprestar, ficava a meu critério. Eu pedi a rescisão para poder negociar com outros clubes.” Ele irá encontrar todos pelo caminho em 2018.

O meia ainda lamenta a queda do Avaí, por quem enfrentou o Coxa duas vezes em 2017 – e foi goleado em ambas (0 a 4 e 1 a 4). “O rebaixamento foi por falha em jogos nossos mesmo, que deixamos escapar. São Paulo, Botafogo... e aí resultados que a arbitragem influenciou, como contra o Vitória, o pênalti que voltou contra o Flamengo, não tirando a nossa culpa. Eu não vivenciei o dia a dia do Coxa, eu estou vivenciando agora, e espero que seja uma temporada vitoriosa”, projetou.

Na pré-temporada em Foz do Iguaçu, Simião está ao lado dos jovens do Coritiba e se adaptando ao clube. “Tem outros experientes, a gente vai dividir e tentar ajudar os meninos que estão subindo para desenvolver o futebol deles. Eles têm muita qualidade, dá para ver. Todos têm que falar e cobrar, participação bem ativa, jogar com intensidade, ajudar a equipe.”

No novo clube – que está sob nova direção – Simião já recebeu as prioridades: “Cheguei aqui sabendo da grandeza, me explicaram tudo sobre o dia a dia do clube, me passaram tranquilidade. Os objetivos são claros: fazer um bom estadual, chegando pelo menos até as finais, avançar as fases na Copa do Brasil, se possível até as finais, mas principalmente, conseguir o acesso para a Série A. Um clube unido entre diretoria, comissão técnica, jogadores e torcedores tem a tendência de conseguir seus objetivos.”