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"Se tenho que fazer gol, Scarpa me ajudaria bastante", diz Diego Souza

Diego Souza e Cueva - Érico Leonan/saopaulofc.net - Érico Leonan/saopaulofc.net
Diego Souza e Cueva chegaram depois e seguem programação especial de treinos
Imagem: Érico Leonan/saopaulofc.net

Bruno Grossi

Do UOL, em São Paulo (SP)

11/01/2018 12h33

Principal reforço do São Paulo até o momento, Diego Souza foi apresentado pelo clube no fim da manhã desta quinta-feira. Aos 32 anos, o meia-atacante recebeu a camisa 9 das mãos do diretor-executivo de futebol Raí. Ainda sem registro para estrear pelo Tricolor, o jogador falou sobre o objetivo de atuar em alto nível e chegar à Copa do Mundo com a seleção brasileira.

"Continuo sonhando e acreditando. Fui convocado algumas vezes ano passado e isso me deixa motivado e esperançoso. Tenho chances de fazer parte do grupo. O mais importante é começar bem, mostrar que tenho condições. Infelizmente teve a contusão do Gabriel Jesus, que talvez perca os próximos jogos (no fim de março, contra Rússia e Alemanha), e isso pode dar mais espaço. Se for aos amistosos, tenho que provar que posso estar no grupo", disse Diego.

Diego tem cumprido programação especial de treinos, até por ter demorado para iniciar a pré-temporada devido às negociações entre São Paulo e Sport. Nesta quinta, por exemplo, ele até fez a maior parte dos exercícios com o grupo completo, mas logo foi deslocado para trabalho específico ao lado do também reforço Anderson Martins, de Cueva, que também demorou a se apresentar no CT da Barra Funda, e Hudson, que se recupera de lesão.

"Estou trabalhando, treinando. Voltei um pouco depois dos meus companheiros, mas o professor precisando já estou à disposição para o próximo jogo. Você só fica em forma de verdade jogando 90 minutos vários jogos para ganhar ritmo e ficar adaptado para fazer o que faz de melhor", explicou o meia-atacante.

O Tricolor estreia no Campeonato Paulista na próxima quarta-feira, em Sorocaba, contra o São Bento, e só o goleiro Jean deve estar à disposição entre os reforços. Diego tem dois anos de contrato, com possibilidade de renovação por mais uma temporada. O vínculo foi fechado após conversa com Raí que o convenceu de um projeto sério. E que pode ficar ainda melhor se Gustavo Scarpa, com quem jogou no Fluminense, for contratado.

"É um amigo, um grande jogador. Se eu tenho que fazer gol, ele é um cara que me ajudaria bastante. O objetivo é organizar a equipe rapidamente, ter um time forte, porque não é comum o São Paulo ficar tanto tempo sem ganhar títulos. Tive uma conversa com o Raí e sem dúvida nenhuma essa troca de ideias me fez acreditar no projeto e vir ser feliz no São Paulo", ressaltou, que falou sobre a chance de ser um líder no elenco: "Isso aí é relativo. Venho com minha experiência para ajudar os meninos e meus companheiros. O mais importante é ajudar, como líder ou não. Vou tentar passar minha experiência".

Opção pelo São Paulo

A escolha, sem dúvida, vem pela história de uma equipe que sempre briga por todos os campeonatos que disputa. Para alcançar objetivos pessoais, precisa de uma grande equipe e um grande time, para ajudar e ser ajudado. Minha escolha veio por uma conversa que tive com o Raí, que foi um atleta fora de série, um ídolo, que viveu tudo o que um profissional pode viver, campeão do mundo. Conversamos bastante, passei meus objetivos de carreira, trocamos ideias e isso ajudou muito a estar aqui hoje, com a confiança que ele me passou. Fiquei feliz de vir para cá. Todo mundo sabe do carinho que tenho pelo Sport, com a família adaptada a uma cidade maravilhosa. Mas chega um ponto na carreira que você precisa tomar uma decisão. Tenho um objetivo de chegar à Copa, mas o principal é buscar títulos aqui.

Seleção brasileira

Sempre acreditei no meu trabalho e busquei dar meu melhor ao longo da minha carreira. Não é surpresa para mim desfrutar aos 32 anos de um bom futebol. Tenho que estar bem, tenho que fazer gol e desempenhar bem a função, seja a de meia-armador ou de centroavante. Não vejo muitos números. Isso é coisa que não acompanho, nem os meus. Mas tem que fazer gol. Só assim você pode conquistar o torcedor como uma vaga na seleção brasileira.

Chega como centroavante?

Tive poucos dias de treinamento e pouca conversa com o Dorival, que já me conhece bem. Não estou preocupado se serei 9, 10, ponta. Quero ajudar e jogar bem. O Tite me conhece. Não estou preocupado com a posição, mas sim em jogar bem. Substituto do Pratto não sei se sou. Cada um tem sua característica. Ficará mais com o Dorival, onde ele quiser me utilizar. Estarei à disposição 100%. Eu gosto de fazer gol. Mas não estabeleço uma meta. Quero ajudar, com gols ou assistências. Mas acho que dá para superar os 21 do ano passado, até pela equipe qualificada que temos aqui.

Recusa ao Palmeiras

Falando do nosso rival aí, faz oito anos que saí do Palmeiras. A minha história no palmeiras vai existir, mas é passado. Tenho um clube de tradição e ambição para buscar objetivos. Naquele momento era meio de temporada e é bem difícil você sair de um lugar onde está bem adaptado e quisto. Não sabia se era o que eu queria.

Vida de andarilho

Mudei, passei por alguns clubes, a maioria dentro do país e duas vezes foi por questões burocráticas. Na Arábia o time não pagou e tive que voltar. Na Ucrânia, pela guerra, a equipe deixou de existir. Foram questões de oportunidades. Meu passe foi de uma empresa também e isso fazia com que eles tivessem porcentagem, vendesse. Foi tudo um aprendizado, eu era bem novo. Nos últimos tempos eu dei uma sentada em uma cidade, parei com a correria e a loucura de procurar casa e escola. É bem melhor estar tranquilo e adaptado a um lugar.