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No Corinthians, Mateus Vital descarta 'Pet' por homenagem à mãe falecida

Meio-campista Mateus Vital assinou contrato de quatro anos com o Corinthians - Corinthians/Divulgação
Meio-campista Mateus Vital assinou contrato de quatro anos com o Corinthians Imagem: Corinthians/Divulgação

Do UOL, em São Paulo

18/01/2018 18h38

Mateus Vital fez homenagens à família no dia em que foi apresentado como reforço do Corinthians. O jovem meia disse que vai manter o sobrenome para manter a memória da mãe falecida quando ele tinha apenas nove anos (relembre a história contada pelo UOL Esporte) - o atleta de 19 anos foi chamado de Mateus Pet no Vasco durante um período.

"Como subi para o profissional com esse nome, o pessoal estava comparando muito. Tomei a decisão coma família, até para homenagear minha mãe, ficou melhor. Sou o Mateus, o Pet é o Pet. Mas qualquer nome que levar na camisa quero mostrar meu melhor, meu futebol. Agora vou deixar Mateus Vital, para honrar o nome da minha mãe que hoje está no céu", disse.

Na chegada ao Corinthians, Mateus Vital relembrou os primeiros passos no futebol e contou ainda como fez para seguir no futebol depois da tragédia familiar - o jogador foi criado pelo pai, ao lado das irmãs.

"Comecei no Vasco com cinco anos, aos nove perdi minha mãe voltando de um treino, foi um baque na minha vida. Pensei em parar, mas meu pai e minhas irmãs me ajudaram. E o Vasco esteve do meu lado a todo momento, uma psicóloga quase 24h comigo. Claro que chegar aqui passa um filme forte, foi o momento mais difícil da minha vida. Quero pensar em jogar futebol", afirmou.

"Não tenho nem o que falar desse cara fenomenal, herói, supriu minhas necessidades com minhas irmãs. Só tenho que agradecer. Tenho certeza que minha mãe está orgulhosa", completou.

O jogador, que foi contratado pelo Corinthians por R$ 8 milhões, ressaltou também que o valor não traz uma pressão extra por resultados em campo. Segundo ele, isso é normal no futebol e é preciso estar preparado para todos os momentos.

"Acho que no futebol não tem essa de assusta ou não. Tem de entrar e jogar. Tenho 19 anos e vou jogar com jogadores de 30. Tem que mostrar, se adaptar. Quero me adaptar rápido, vou sentir falta do aconchego da família, dos amigos, mas aos poucos vamos trazendo eles para cá", frisou o atleta, que contou como foi o primeiro papo com o técnico Fábio Carille.

"Logo que cheguei Carille explicou a formação, entendi, coloquei o que já fiz na base. Ele mostrou a cara do Corinthians, falou um pouco da torcida, foi importante", disse.