Com preleção até na reserva, Petros é favorito a ser o novo capitão do SP
Petros chegou ao São Paulo em junho do ano passado. Em poucos dias, mesmo sem completar a pré-temporada europeia com o Bétis, estreou, viu Rogério Ceni ser demitido e o time se afundar na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Em sete meses e apenas 27 jogos, ganhou o carinho da torcida, virou o "pai de família" e, em 2018, deve receber mais uma responsabilidade: ser capitão da equipe.
O posto ficou sem dono quando, de uma vez, o Tricolor perdeu Hernanes e Lucas Pratto no início do mês. A escolha do novo capitão ficará nas mãos do técnico Dorival Júnior e o volante está entre os mais cotados. Pesa a forma como se expôs durante a crise no ano passado e seu jeito para agregar e motivar os colegas pelo comportamento diário e os discursos inflamados antes dos jogos.
Na última quarta-feira, por exemplo, foi relacionado para ajudar a passar mais experiência ao jovem grupo que acabou derrotado por 2 a 0 pelo São Bento em Sorocaba. Mesmo na reserva, com o garoto Araruna vestindo a faixa de capitão, foi Petros quem mais falou na preleção. Na semana passada, comandou o trote com os atletas recém-promovidos ao profissional.
O goleiro Sidão, que foi titular, também pediu a palavra antes do jogo contra o São Paulo e é mais um postulante à braçadeira. O arqueiro tem como predicado o fato de ser "boa praça", agregador, mas corre o risco de não ser titular ao longo da temporada pela disputa com Jean.
A concorrência também chega a Rodrigo Caio, atleta com mais tempo de casa no elenco - inicia o oitavo ano no grupo principal - e usualmente um dos líderes entre os jogadores. Há a possibilidade de premiá-lo pelo histórico de quem está no clube desde a infância.
No caso de Petros, o que preocupa o São Paulo é o excesso de responsabilidades sobre o volante. Sem Hernanes e Pratto, não apenas as lideranças foram enfraquecidas. A torcida já sente falta de referências técnicas e Petros fatalmente estará na linha de frente nas cobranças por um bom desempenho da equipe. O meio-campista, porém, costuma dizer que não se intimida com a pressão e aparenta ter os torcedores a seu lado.
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