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Felipe Melo começa era Roger no Palmeiras se impondo na técnica e no grito

Felipe Melo - Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação - Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação
Capitão após a saída de Dudu, Felipe Melo comandou o Palmeiras em campo
Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação

Leandro Miranda

Do UOL, em São Paulo

19/01/2018 04h00

Se o Palmeiras de 2018 é um time cheio de opções de qualidade e que deve deixar alguns jogadores de peso no banco de reservas, certamente o primeiro jogo da temporada contou pontos para que Felipe Melo não seja um dos barrados. O volante foi o melhor em campo na vitória por 3 a 1 sobre o Santo André, pelo Campeonato Paulista, e voltou a ser o velho "pit bull" que conquistou grande parte da torcida alviverde.

Em sua primeira partida sob o comando de Roger Machado, Felipe foi o líder do time em campo. O capitão foi Dudu, mas era o camisa 30 quem cobrava os companheiros, dava dicas em campo e esbravejava com adversários. Em determinado momento, correu até o ataque para falar no ouvido de Borja, que havia acabado de se estranhar com um zagueiro adversário. E quando Dudu foi substituído, Melo assumiu de fato a braçadeira.

Mostrando o bom posicionamento e a vontade de sempre, Felipe Melo chegou até a se exceder em alguns momentos. Como em uma entrada mais forte no primeiro tempo, que causou princípio de confusão e gerou uma chance perigosa para o Santo André na frente da área do Palmeiras. No geral, porém, a atuação defensiva foi quase impecável, com praticamente todos os duelos vencidos pelo alto e pelo chão.

Não foi só no grito e na força, porém, que Felipe Melo se destacou. Jogando com a liberdade de iniciar os ataques alviverdes no 4-1-4-1 montado por Roger, ele foi fundamental na saída e na circulação de bola diante de um rival bastante fechado. Foi uma virada perfeita de jogo para Borja, no primeiro tempo, que bagunçou o sistema de marcação do Santo André e deu início à jogada do primeiro gol, marcado por Willian.

O resto da partida também viu um recital de passes de Felipe Melo, longos e curtos, com a parte externa ou interna da chuteira, para inverter o jogo ou achar um companheiro em velocidade. Sempre com muita precisão. O camisa 30 foi um dos mais festejados pela torcida após o apito final e também foi apontado por Roger como um dos destaques individuais do jogo.

"O Felipe fez um belo jogo. Marcou bem, deu bons passes, boas invertidas, coordenou o meio-campo. Na minha opinião, é o Felipe que sempre vi jogar de longe, e conosco ele pode contribuir com o seu jogo", avaliou o treinador.

Se Roger mantiver a ideia inicial e apostar em um sistema com um único volante mais fixo, o maior concorrente de Felipe Melo será Thiago Santos, jogador de forte marcação, só que mais limitado tecnicamente. Após um 2017 conturbado, em que chegou a ser afastado por causa de um atrito com Cuca, o jogador de 34 anos começa a temporada dando um passo importante para se consolidar novamente entre os principais jogadores do Palmeiras.