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Bombas e até prisão de torcedora-símbolo marcam eleições do Vasco

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Imagem: Bruno Braz/UOL Esporte

Bruno Braz

Do UOL, no Rio de Janeiro

19/01/2018 19h03

O clima esquentou nas eleições do Vasco nesta sexta-feira, na sede náutica do clube, na Lagoa. Alexandre Campello, que ocupava cargo de vice-presidente da chapa de Júlio Brant e desistiu da parceria no fim da corrida eleitoral para trocar de lado, foi bastante hostilizado pela torcida. Antes, a torcedora-símbolo do clube, a senhora Alice Pereira da Costa, chegou a ganhar voz de prisão após discutir com seguranças cruzmaltinos - foi solta por ordem do delegado da região.

Ainda nervosa - chegou a chorar no momento da confusão - ela deu seu relato sobre o caso. "Os meninos estavam estendendo uma faixa aqui na grade [que separa os torcedores da entrada do clube] e os seguranças foram tirar. Eu cheguei para pedir que deixassem e um segurança me segurou pelo rosto e disse que não falaria comigo. Acabou que, nervosa, eu acabei me excedendo e disse que ele gostava de ser escravo do Eurico, e aí foi que aconteceu tudo", disse admitindo também seu excesso.

O UOL Esporte consultou a segurança vascaína que alegou ofensa por parte da senhora. A Polícia Militar não quis levar o caso para frente por achar que não tinha tamanha gravidade. Dona Alice segue agora ao lado dos torcedores que apoiam Julio Brant e fazem oposição a Eurico Miranda.

A situação ficou feia mesmo um pouco mais tarde, quando os candidatos chegaram para a eleição do conselho deliberativo que definirá o próximo presidente do Vasco. No momento em que chegou à sede, Alexandre Campello foi bastante xingado pelos torcedores do Vasco que apoiam Júlio Brant. Isso porque ele trocou de lado ao perceber a possibilidade de vencer o pleito como nome principal com o apoio de Eurico Miranda.

Nesse momento, a polícia se viu obrigada a intervir para manter a ordem. Bombas de gás lacrimogênio foram lançadas sob o grupo, o que gerou grande correria.