Topo

Neymar admite chateação com vaias: "Uma hora ia chegar o gol do Cavani"

Neymar anotou dois gols na vitória do PSG sobre o Montpellier neste sábado - AFP PHOTO / FRANCK FIFE
Neymar anotou dois gols na vitória do PSG sobre o Montpellier neste sábado Imagem: AFP PHOTO / FRANCK FIFE

Tiago Leme

Colaboração para o UOL, em Paris

27/01/2018 17h57

Depois mais uma ótima atuação com dois gols e belas jogadas na vitória do Paris Saint-Germain sobre o Montpellier por 4 a 0, neste sábado no Parque dos Príncipes, Neymar voltou a falar com os jornalistas, após mais de dois meses sem dar entrevistas, e tentou afastar todas as notícias negativas que envolveram seu nome nos últimos dias.

O camisa 10 do PSG admitiu sua chateação com as vaias que recebeu de parte da torcida há dez dias, quando cobrou um pênalti que a torcida queria que o uruguaio batesse, na goleada sobre o Dijon, por 8 a 0, pelo Campeonato Francês. Porém, minimizou o problema.

"Para mim, normal. É claro que eu fiquei chateado com as vaias no fim, mas o jogador está ali para isso, para ser vaiado, para ser aplaudido, depende de cada torcedor que vem ao estádio. Estou acostumado tanto com as vaias como com os aplausos. Estou feliz pelo jogo de hoje, pela vitória, que é o mais importante. Acho que fizemos um bom jogo", disse o brasileiro, que tinha dado entrevista na zona mista pela última vez no dia 22 de novembro do ano passado, após a vitória sobre o Celtic (Escócia), por 7 a 1, pela Champions League.

Na partida contra o Dijon na semana passada, Neymar já tinha marcado três gols e fez o quarto ao cobrar a penalidade. Alguns torcedores, no entanto, não gostaram da atitude do brasileiro no momento do pênalti, preferiam que ele tivesse ouvido os gritos das arquibancadas e deixado Cavani quebrar o recorde de Ibrahimovic como o maior artilheiro da história do clube. O camisa 10 não cedeu, mas a marca que foi alcançada neste sábado, quando o uruguaio fez o seu 157º gol ao abrir o placar diante do Montpellier.

Neymar deixou claro que sabia que Cavani poderia ter batido o recorde naquela ocasião, mas explicou o motivo de não ter cedido a bola.

"A gente sabia, é impossível não saber, mas o treinador me definiu como batedor de pênalti e não tem nenhuma polêmica com isso. A gente sabe o que aconteceu no vestiário, e ele decidiu isso, então eu tenho que assumir essa responsabilidade. Claro que a gente torce para o Cavani bater o recorde, como ele bateu hoje, então a gente fica contente com isso. A gente sabia que uma hora ou outra ia chegar o gol dele, tem mais de 30 jogos no ano. E quanto às minhas responsabilidades, eu sei todas elas e não estou aqui para me esconder, eu vim aqui para assumi-las", afirmou.

Questionado neste sábado sobre as notícias de uma possível transferência para o Real Madrid ao final da temporada, Neymar garantiu que está feliz em Paris e falou em especulação.

"Me sinto tranquilo, estou feliz aqui com os meus companheiros, com os jogos. Tenho feito bons jogos, número de gols também. Foi para isso que vim aqui, para fazer história, para buscar o meu melhor. Especulação sempre vai existir, desde o Santos sempre existiu, nos meus anos de Barcelona também, vocês sabem muito bem, toda janela de transferências tinha algo com o meu nome, então é impossível ficar fora disso. E eu fico feliz, significa que estou bem, em alta, e jogadores de qualidade sempre são especulados, não sou só eu no mundo do futebol, mas hoje em dia só se fala de mim, vou fazer o quê?", afirmou.