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Eleição da Federação Italiana tem boicote e termina sem definir presidente

FIGC será presidida por um comissário do Comitê Olímpico Nacional da Itália - @FIGC/Twitter
FIGC será presidida por um comissário do Comitê Olímpico Nacional da Itália Imagem: @FIGC/Twitter

Do UOL, em São Paulo

29/01/2018 18h32

A Federação Italiana de Futebol (FIGC) será temporariamente chefiada por um comissário, uma vez que a eleição para a presidência da entidade terminou com menos de 50% de votos válidos.

Nesta segunda-feira, a FIGC realizou uma votação para definir seu novo presidente. O cargo está vago desde novembro de 2017, quando Carlo Tavecchio renunciou após a eliminação da seleção italiana diante da Suécia na repescagem europeia para a Copa do Mundo de 2018.

Para a disputa, três nomes se candidataram: Gabriele Gravina, Cosimo Sibilia e Damiano Tommasi. O colégio eleitoral contou com 514 credenciados, entre representantes de jogadores, treinadores e árbitros, inclusive de ligas amadoras; destes, 503 foram aceitos.

De acordo com o regulamento eleitoral da FIGC, um candidato só pode ser eleito se obtiver 75% dos votos no primeiro turno. No entanto, as ligas amadoras – que apoiam Cosimo Sibilia e controlam 34% do eleitorado – seguiram orientação do bloco e votaram em branco, adiando a definição para um segundo turno.

Na nova rodada de votos, um candidato precisa de 66% do total de votos para se eleger, o que também não foi conquistado. Assim, uma terceira rodada foi lançada, exigindo maioria simples – porém, com mais de 50% dos votos em branco no novo turno, a eleição foi suspensa.

O único candidato eliminado foi Damiano Tommasi, ex-jogador que defendeu a Roma entre 1996 e 2006, além de ter jogado pela seleção italiana entre 1998 e 2003. Tommasi ficou em último lugar nos turnos preliminares, restringindo a disputa entre Gabriele Gravina e Cosimo Sibilia.

Na última rodada, sem o ex-jogador, as urnas registraram 39,06% dos votos para Gravina e 1,85% dos votos para Sibilia. Os outros 59,09% dos votos ficaram em branco.

Desta forma, sem um presidente eleito por maioria de votos, a FIGC passa a ser controlada por um comissário do Comitê Olímpico Nacional da Itália (Coni). O órgão apontará um representante para o posto até que um novo pleito seja organizado.

“Depois de termos tentado de todas as maneiras chegar a um acordo que levasse a uma convergência (entre os setores credenciados), devo diz que não há condições de proceder”, disse Sibilia, justificando o boicote em massa dos representantes da Lega Nazionale Dilettanti (liga nacional amadora da Itália).

Por enquanto, tanto a FIGC quanto a Lega Serie A (primeira divisão italiana) seguem sem presidente. A Lega Serie B (segunda divisão) elegeu Mauro Balata em novembro, após período do dirigente atuando como comissário do Coni.