Grêmio vê mercado mais caro após tri da América: "Preço na estratosfera"

O Grêmio está encarando o ônus de ser campeão da Libertadores. Depois de uma série de consultas e investidas no mercado, o Tricolor chegou à conclusão que os preços se inflacionaram após a sua terceira conquista da América. Em mais de uma oportunidade, os valores exigidos em negócios para reforçar o elenco de Renato Gaúcho se apresentaram bem acima do que havia sido sondado previamente.

A pedida do Sport para liberar André é citada como um desses casos. O time de Recife exigiu 15 milhões de euros (R$ 60 milhões na cotação atual) por 70% do centroavante.

Antes, o San Lorenzo pediu o equivalente a R$ 8 milhões por Nico Blandi, 28 anos. Emmanuel Gigliotti, centroavante do Independiente-ARG, também foi considerado caro. O conceito é de que os demais clubes não querem reforçar um rival e enxergam o Grêmio como um time endinheirado. O ponto curioso é que o Tricolor não tem recursos sobrando.

“Depois que ganhamos a Libertadores, o mercado inflacionou. As opções ficaram caríssimas. Para o Grêmio, todos botam o preço lá na estratosfera. Como não queremos inflacionar e nem temos liquidez para isso, vamos observando e no momento oportuno vai aparecer um negócio”, disse Romildo Bolzan Jr., presidente do Grêmio, à Rádio Guaíba.

Ao fim de 2017, o Grêmio chegou à soma de R$ 50 milhões em premiações, juntando todas as fases ultrapassadas ao longo do ano. Mas grande parte desse valor foi destinada ao grupo principal em forma de bônus, igualmente de maneira parcelada.

Mesmo com as dificuldades, o clube segue convicto no plano de buscar pelo menos mais dois reforços, ambos para o ataque. Gonzalo Carneiro e André seguem na mira. O primeiro está no Defensor-URU, mas preocupa por lesão crônica no púbis. O segundo tem contrato com o Sport até 2022 e já demonstrou interesse em atuar no Tricolor. Resta ao campeão da América dar um jeito de encarar a inflação dos rivais diante do brilho da nova taça conquistada.