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Fábio rebate jornalista que o chamou de gordo: "Conhece pouco de futebol"

Chamado de gordo, goleiro celeste rebateu jornalista e questionou poucas oportunidades - André Yanckous/AGIF
Chamado de gordo, goleiro celeste rebateu jornalista e questionou poucas oportunidades Imagem: André Yanckous/AGIF

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

14/02/2018 20h27

Titular absoluto do Cruzeiro e em ótima fase aos 37 anos, o goleiro Fábio não fez rodeios quando foi colocado diante de dois assuntos polêmicos. Nesta quarta-feira, o camisa 1 respondeu sobre as poucas oportunidades na seleção brasileira ao longo da carreira e ainda rebateu um jornalista que o chamou de gordo.

Durante o programa "Mais 90", do canal Esporte Interativo, o jornalista Márcio Spimpolo, da Rádio Jovem Pan, chamou o goleiro celeste de gordo quando perguntado sobre sua preferência entre Fábio e Jailson, do Palmeiras. Mesmo sem ter visto a cena ou conhecer o autor da frase, Fábio mandou seu recado.

"Não tem sabedoria. Nem sei quem foi, mas não tem sabedoria. Basta olhar minha história. Imagine se eu estivesse magrinho, então, puxa... Se eu gordinho todo mundo quer... Com todo respeito ao Jaílson, que não tem nada a ver com a história, mas o Jailson surgiu agora. Sou profissional há 20 anos. Só de grandes equipes, graças a Deus, mais de 15 anos como titular. O cara não tem sabedoria e conhece pouco de futebol", disse.

"O cara não sabe analisar profissionalmente. Leva muito para o lado pessoal ou estadual. Acha porque está em São Paulo, porque está no Rio de Janeiro, é melhor do que está em Minas. O cara tem que ver história. Deus já me justificou, infelizmente esse daí ainda vai ter oportunidade de falar bem. Para mim não muda nada. Isso desmerece o Cruzeiro pelo departamento de fisiologia e preparadores que têm. A história dos goleiros que passaram aqui... Desvaloriza tudo isso por causa de preferência de estado. O cara foi sem sabedoria, para não falar outro termo", acrescentou.

Em outro momento, Fábio foi perguntado sobre a boa fase duradoura com a camisa do Cruzeiro, mas que não é acompanhada pelo reconhecimento dos últimos técnicos da Seleção. Ao questionar as poucas oportunidades com a amarelinha, Fábio ainda fez uma comparação com Jailson, eventual concorrente por uma vaga na lista de Tite.

"Se for por menos tempo (de carreira) ele (Jailson) tem mais chance. Geralmente vai para Seleção quem apareceu agora, então, o Jailson está na frente. Mas deixando as diretas de lado, não posso falar, não tem como eu falar mais sobre Seleção. É uma situação delicada, todos já falaram, ex-jogadores, imprensa, então fica difícil. É a pergunta que eu mais escuto. Eu não sei, trabalho igual aos outros, tento fazer o melhor para o Cruzeiro, sou ser humano, já errei, vou errar, só que, ao longo dos anos, em termos de manter média de alto rendimento, acho que, respeitando todos os outros goleiros, acho que dificilmente alguém conseguiu isso por tanto tempo", disse o goleiro, antes de completar:

"Apesar de tudo isso, não tive oportunidade de voltar à seleção e nem ter reconhecimento dos treinadores que estiveram lá. Fui de vez em quando porque não tinha como mais não me levar porque estava ficando uma situação delicada. Me levavam, mas levavam três ou quatro goleiros para não ter chance de eu jogar. É uma situação delicada, mas Deus sempre me dá oportunidade, estou com 37 anos e acabei de ser pentacampeão da Copa do Brasil, ajudei o Cruzeiro", encerrou.

Por coincidência, a última aparição de Fábio na seleção foi com o técnico Mano Menezes, hoje seu comandante na Toca. Na época, o goleiro foi chamado para um amistoso contra Gana, em setembro de 2011, mas não chegou a entrar em campo.