Promotores rebatem pedido de Marin por novo julgamento: "deve ser negado"
José Maria Marin e Juan Angel Napout receberam nesta quinta-feira (22) uma resposta ao pedido de anulação e novo julgamento no “Caso Fifa”. Os promotores do Distrito Leste de Nova York publicaram um documento de 76 páginas refutando a argumentação dos ex-cartolas, condenados por um júri em dezembro de 2017. A promotoria afirmou que os pedidos dos réus “não têm mérito e devem ser negados” pela Justiça americana.
O júri considerou Marin culpado de seis dos sete crimes de que foi acusado, o que resultou com a determinação da juíza Pamela Chen de que o ex-presidente da CBF fosse encaminhado imediatamente a uma prisão federal. Uma sentença ainda não foi determinada para o brasileiro, porém a magistrada afirmou que ela não deverá ser menor que 10 anos de prisão. O tempo de cadeia será revelado no próximo dia 4 de abril.
O posicionamento feito pela procuradoria nesta semana foi em resposta ao pedido de absolvição ou novo julgamento por parte dos réus. No documento assinado pelos promotores Richard Donoghue, Samuel Nitze, Kristin Mace e Keith Edelman, a acusação recuperou provas que justificam a condenação tanto de Marin, quanto de Napout.
No caso do brasileiro, os promotores citaram o depoimento do empresário argentino Alejandro Buzarco, que afirmou ter subornado Marin, assim como Eladio Rodriguez, funcionário da empresa de Buzarco e responsável por entregar o suborno ao ex-presidente da CBF.
Os promotores também citaram “enormes gastos” feitos por Marin e rastreados por um agente fiscal americano. Estes dão conta de compras de US$ 20.977,15 e US$ 50 mil nas lojas de luxo Hermes (em Paris) e Bulgari (em Las Vegas), respectivamente.
“O júri considerou Marin culpado porque foi apresentado a provas esmagadoras de sua culpa”, concluiu o texto da promotoria.
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