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Santos envia dirigente à Europa para iniciar reaproximação com Neymar

Vice-presidente do Santos, Orlando Rollo, também se reunirá com o volante Thiago Maia - Foto: Christophe Simon/AFP
Vice-presidente do Santos, Orlando Rollo, também se reunirá com o volante Thiago Maia Imagem: Foto: Christophe Simon/AFP

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

22/02/2018 09h42

O vice-presidente do Santos, Orlando Rollo, está em Paris, na França. O UOL Esporte apurou que o dirigente viajou para se reunir com Neymar e seu estafe  e dar o pontapé inicial no projeto de reaproximação do ídolo. Um dos objetivos da missão é colocar fim ao processo judicial entre o alvinegro praiano e o camisa 10 do PSG e da seleção.

A diretoria não pensa em retirar os processos da Justiça, mas buscará um acordo. O dirigente deve lembrar ao pai de Neymar que o Santos ainda não recebeu todo o valor referente à venda de seu filho para o Barcelona, em 2012.

No contrato da venda de Neymar ficaram acertados dois amistosos. O primeiro já foi realizado em 2013 no Camp Nou (8 a 0 para o Barcelona), mas o segundo nunca ocorreu por divergências entre diretorias e falta de data. Por conta disso, o Santos contabiliza uma dívida de cerca de 4,5 milhões de euros em relação ao jogo que não aconteceu. 

Thiago Maia também está em pauta

Além de Neymar, o dirigente santista se reunirá com o volante Thiago Maia, que foi negociado com o Lille, da França, em julho do ano passado.

Como revelou o UOL em setembro de 2017, Thiago Maia não recebeu a sua parte na negociação. A nova diretoria santista sofre pressão de agentes e representantes do atleta e, por isso, Orlando Rollo tentará resolver o problema com o ex-volante santista.

O clube paulista recebeu à vista 14 milhões de euros (R$ 52 milhões) pelo atleta. A ex-diretoria santista, no entanto, não encaminhou a parte do jogador e nem dos agentes envolvidos no negócio – Juan Figer e Giuliano Bertolucci.

Thiago Maia detinha 30% de seus direitos econômicos, adquiridos em uma renovação contratual com o Santos em 2015. Sendo assim, o clube não repassou um montante de R$ 15 milhões. A DLX Sports, por sua vez, alega ter direito a 28% do negócio, pois constava como detentora desta porcentagem nos direitos econômicos do jogador no antigo contrato.

Na época, o presidente Modesto Roma confirmou que não repassou a verba e argumentou que aguarda uma batalha judicial entre Thiago Maia e a empresa DLX Sports, que alega ter direito a 28% do negócio, para enfim pagar os envolvidos na transação.

Com todos os repasses corretos, o Santos ficaria com 60% do valor de venda, enquanto Thiago Maia ficaria com 30% e os agentes com 5% cada um.