Santos veta contratações sem aval de Peres para evitar "cabide de empregos"
Após realizar demissões em massa em seu primeiro mês de gestão, a nova diretoria do Santos tomou uma postura radical para não cair no possível erro de seus antecessores: o famoso “cabide de empregos”. O UOL Esporte teve acesso ao documento emitido pelo presidente José Carlos Peres que veta contratações no clube paulista sem o seu aval (veja aqui).
Peres e companhia demitiram cerca de 150 funcionários registrados em CLT (Consolidações das Leis Trabalhistas), mas o número chega a 300 somando os assalariados por contratos de prestadores de serviço (Pessoa Jurídica). Agora o mandatário santista escreveu até um ofício para evitar que a folha salarial do departamento de futebol e administrativo fique inchada novamente.
José Carlos Peres quer evitar contratações sem necessidades ou apenas para agradar seus apoiadores na campanha eleitoral. O dirigente santista tem sofrido pressão de pessoas que cobram cargos por conta de apoio no pleito. A maioria quer emprego em vagas de expressão, como técnicos e dirigentes das categorias de base, e até como diretor do departamento de futebol profissional.
Há muitos, inclusive, que fazem pressão para ficar com a vaga de Gustavo Vieira, demitido na última segunda-feira após 45 dias no cargo - a emissão do ofício ocorreu poucas horas antes da saída do executivo. Inicialmente, a diretoria do Santos decidiu não repor a vaga. Muitos nomes foram oferecidos, mas a ideia é dividir a função entre integrantes do Comitê Gestor e o gerente de futebol, William Machado.
O presidente José Carlos Peres e o advogado Daniel Bykoff, diretor executivo do departamento jurídico do Santos, devem dividir o comando da função deixada por Gustavo Vieira. William, por sua vez, deve permanecer no cargo de dirigente mais próximo ao elenco.
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