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Novo apagão causa saída de diretor do Pacaembu e cobranças à Eletropaulo

Estádio registrou cinco problemas de oscilações energéticas nos primeiros dias do ano - Divulgação/Prefeitura de São Paulo
Estádio registrou cinco problemas de oscilações energéticas nos primeiros dias do ano Imagem: Divulgação/Prefeitura de São Paulo

Bruno Freitas e Gabriel Carneiro

Do UOL, em São Paulo

05/03/2018 16h34

A quinta queda de energia detectada no estádio do Pacaembu em oito partidas realizadas no local em 2018 causou o afastamento de José Eduardo Gomes, diretor do estádio, após reunião realizada nesta segunda-feira em São Paulo. Além da saída do diretor do Pacaembu, a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer da Prefeitura da capital também decidiu solicitar à Eletropaulo, empresa de distribuição de energia elétrica responsável pelos cuidados com a rede, atitudes que evitem a repetição de oscilações de energia.

Neste domingo, os refletores do Pacaembu ficaram cerca de 45 minutos apagados durante a partida entre Santos e Corinthians, que terminou empatada em 1 a 1 pela décima rodada do Campeonato Paulista. Além deste jogo, também houve problemas com paralisações de 15 minutos no jogo entre Palmeiras e Portuguesa, pela Copa São Paulo de Juniores, e 30 minutos em partida do Paulistão disputada entre São Caetano e Corinthians. Ainda houve problemas de menor intensidade nas partidas entre Corinthians e Ferroviária (antes e depois do jogo) e Corinthians e São Paulo (a rede voltou a funcionar rapidamente).

De acordo com a Prefeitura de São Paulo, a ideia é que a Eletropaulo "estude a instalação de um novo circuito elétrico na região do Pacaembu, tendo em vista que o estádio é um consumidor final de linha e recebe carga instável".

É justamente esta instabilidade que torna necessário que os clubes que mandam jogos no estádio providenciem geradores. Foi assim com o Santos (duas vezes, com investimentos de R$ 11 mil contra o Ituano e R$ 14 mil contra o Corinthians) e com o próprio Corinthians, que pagou R$ 9 mil pelo gerador usado contra a Ponte Preta, em um dos poucos jogos sem registros de oscilações energéticas - os outros foram São Paulo x Flamengo, em 25/1, pela Copa São Paulo, e Santos x Ituano, já no Paulistão.

"O relatório preliminar elaborado hoje (segunda-feira) apontou que houve um problema na cabine primária, que é um equipamento do próprio estádio. Essa falha pode ter ocorrido em razão de oscilação na rede da Eletropaulo, da energia do gerador ou ainda por um erro do próprio equipamento", informa a nota oficial divulgada pela Prefeitura.

A partir de agora, todos os jogos realizados no Pacaembu passarão a ser acompanhados por um engenheiro e equipe técnica da Eletropaulo, além de análise completa da cabine primária.

Posicionamento da Eletropaulo

Em resposta ao pedido de posicionamento da reportagem do UOL Esporte sobre o caso do estádio e da região do Pacaembu, a Eletropaulo "informa que não houve problema com o fornecimento na sua rede de distribuição de energia elétrica".