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Inter antecipa saídas com reforços e deixa Dourado e Pottker 'na vitrine'

William Pottker não está jogando no Inter por conta de uma lesão muscular na coxa - Ricardo Duarte/SC Internacional
William Pottker não está jogando no Inter por conta de uma lesão muscular na coxa Imagem: Ricardo Duarte/SC Internacional

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

13/03/2018 04h00

Pressionado por um orçamento apertado, o Inter adota a precaução. As contratações de Rossi e Rithely (ainda a ser confirmada) são exemplos claros disso, por se tratarem de posições cujos donos atualmente estão 'na prateleira' para serem vendidos na próxima janela de transferências.

Apresentado nesta segunda-feira, Rossi disse que prefere jogar aberto pela direita. É um jogador de velocidade, força e empenho extremo pela vitória. Características e posição que hoje têm no dono o principal reforço colorado no ano passado: William Pottker.

Só que Pottker, além de titular incontestável, afastado recentemente apenas por lesão, também é o atleta mais valioso do Inter sob olhar do mercado. Clubes chineses e europeus já sondaram o atleta na última janela de transferências e a próxima, mais quente no Velho Continente, pode ser definitiva para saída dele.

Por Pottker o Inter tem valor definido. Uma eventual venda só ocorrerá por valor aproximado de 12 milhões de euros (R$ 48,2 milhões).

Outra negociação que deve se confirmar nos próximos dias é Rithely. Depois de muito insistir, o Colorado fechou com o volante que chega egresso do Sport por empréstimo de dois anos. Neste caso, soa como reposição antecipada a dois jogadores: Dourado ou Edenílson.

O primeiro foi sondado por uma série de clubes. Sua estafe recebeu quatro propostas na última janela de transferências, mas nenhuma atingiu o valor imaginado pelo Inter. O clube espera ao menos 7 milhões de euros (R$ 28,1 milhões) por ele. 'Na prateleira', o Colorado espera novas investidas para firmar negócio.

A outra alternativa é a saída de Edenílson. O vínculo dele é de empréstimo e os direitos ligados à Udinese, da Itália. Para ficar com o ex-corintiano, o Colorado precisa firmar compra.

"A gente não nega a necessidade de vender jogadores. Todos sabem e isso não é só o Inter, todos os clubes precisam vender jogadores. Precisamos deste recurso para equilibrar o orçamento. Ano passado foi só o William, neste ano não vendemos ninguém. Então, há realmente essa necessidade. Tem a janela do meio do ano e tem a necessidade da gente vender algum jogador para equilibrar o orçamento. Temos de nos antecipar. Não posso deixar para tentar ir atrás de reposição em julho e agosto, com campeonatos andando, jogadores vindos de fora e com tempo para se adaptar.  E é o que temos que fazer, temos que tentar dar um passo na frente para possíveis saídas de jogadores e já termos a reposição em casa", afirmou o vice de futebol do Inter, Roberto Melo.

Pressão pelos números

O Inter está pressionado. Segundo orçamento apresentado no início do ano para esta temporada, o clube precisa de R$ 41 milhões oriundos de venda de jogadores. No ano passado o clube só realizou R$ 18 milhões com a venda do lateral direito William ao Wolfsburg, da Alemanha. O total arrecadado, contando outras negociações menores, bateu em R$ 24,1 milhões. Em 2016 foram apenas R$ 14,3 milhões em vendas.

Até agora nenhum jogador foi vendido pelo clube de Porto Alegre e o orçamento apertado já gerou um pedido de suplementação orçamentária aprovada no início deste ano na casa dos R$ 26 milhões.