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Na contramão da intolerância, Sornoza festeja vida no Flu e no Brasil

Sornoza é uma das principais referências do atual elenco do Fluminense - Nelson Perez/Fluminense
Sornoza é uma das principais referências do atual elenco do Fluminense Imagem: Nelson Perez/Fluminense

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

21/03/2018 04h00

Ao afirmar que estrangeiros que atuam no Brasil são alvo de preconceito, o atacante corintiano Romero levantou uma bola para uma discussão que vai muito além das quatro linhas. Um desses representantes da legião estrangeira que atua no futebol brasileiro, o equatoriano Sornoza dribla a polêmica e afirma não ser alvo de intolerância desde que chegou ao Fluminense.

Ele vai na contramão do que afirmou Romero, o camisa 10 do Flu é uma rara unanimidade em um elenco sem muitas referências técnicas. Meia de bom passe e visão de jogo, Sornoza é quase unanimidade na arquibancada tricolor. Se um ou outro torcedor pode ter lá suas restrições, no clube, no entanto, o sorridente jogador é o mais querido do vestiário. Adaptado ao Rio de Janeiro, ele garante que a cidade o recebeu de braços abertos.

“Não sei o que aconteceu com o Romero, talvez ele tenha ficado incomodado com algo.  Mas posso falar por mim e estou muito feliz jogando e morando no Brasil.  Sou bem tratado pelos meus torcedores dos outros clubes também.  Após pouco mais de um ano, posso dizer que foi uma escolha acertada ter vindo para cá.  Espero continuar por muitos anos”, disse ele.

Após um período difícil por conta de um problema de saúde de seu filho caçula, o equatoriano reencontrou seu jogo. Segundo o Footstats, o equatoriano está entre os jogadores com mais assistências para gols entre os que atuam na Série A. De olho na semifinal de quinta-feira diante do Flamengo, às 20h, no Nilton Santos, ele sabe que esta poderá ser uma arma decisiva no clássico:

“O jogador com a minha função tem essa obrigação de criar chances para os atacantes. Além disso, procuro aprimorar a bola parada, os chutes de média distância e entrar mais na área. Fico feliz com esses números e quero melhorar ainda mais”.

Apesar da boa arrancada e dos números animadores, o "gringo" convive com o jejum de nunca ter marcado gol contra os maiores rivais do Fluminense. Em bom momento, o clássico pode colocar um ponto final nessa escrita e fazer o tricolor abrir ainda mais o sorriso.