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Ambev processa WTorre para incluir nome no Allianz e vetar concorrentes

Ambev quer que termo "Parque Antarctica" esteja sempre junto ao nome do Allianz Parque - Eduardo Knapp / Folhapress
Ambev quer que termo "Parque Antarctica" esteja sempre junto ao nome do Allianz Parque Imagem: Eduardo Knapp / Folhapress

Do UOL, em São Paulo

27/03/2018 15h48

A Ambev está processando a WTorre, o estádio do Palmeiras, o Allianz Parque, para que a construtora seja obrigada a mencionar que o estádio palmeirense fica localizado no Parque Antarctica sempre que se referir a qualquer jogo ou evento no local. Além disso, quer proibir a venda ou a distribuição de produtos concorrentes da Ambev nas dependências do estádio. A informação foi publicada pelo Esporte Interativo e confirmada pelo UOL Esporte, que teve acesso ao processo.

A base do pedido da Ambev, empresa que nasceu da fusão da Antarctica com a Brahma, é o contrato de venda do terreno do estádio, da Companhia Antarctica Paulista para o Palestra Itália, datado de 1920.

No documento, a Antarctica impõe algumas condições para que o Palestra, que mudaria de nome para Palmeiras em 1942, ficasse com o terreno. Entre elas, estão a obrigação de "indicar em todos os reclames e anúncios que o estádio está situado junto ao Parque Antarctica" e "não permitir sob nenhuma forma ou pretexto que no estádio ou praça de esportes ou suas dependências se faça a venda, distribuição gratuita ou propaganda de produtos similares aos fabricados pela vendedora".

Segundo o contrato de 1920, o descumprimento de qualquer um desses itens acarretaria em pagamento de multa. Na ação, porém, a Ambev não pede compensação financeira.

De acordo com a peça redigida pelos advogados da Ambev, o entendimento da WTorre é que as obrigações exigidas no contrato de 1920 se aplicariam apenas ao Palmeiras, e não à construtora, que fez o estádio em troca da concessão do uso do local por 30 anos. O clube alviverde, por sua vez, não é parte do processo.