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Santos vê clima de 'já ganhou' no Palmeiras e discute com FPF sobre Jaílson

Presidente José Carlos Peres esquentou o clássico antes de decisão desta terça-feira - Ale Cabral/AGIF
Presidente José Carlos Peres esquentou o clássico antes de decisão desta terça-feira Imagem: Ale Cabral/AGIF

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

27/03/2018 10h00

O presidente santista José Carlos Peres acirrou os ânimos para o clássico decisivo desta terça-feira (27) diante do rival Palmeiras, às 20h30 (de Brasília), no estádio do Pacaembu, que decide vaga na final do Campeonato Paulista.

Em reunião no Conselho Deliberativo do clube na noite de segunda, o mandatário externou que os jogadores do Santos encontraram motivação emocional extra devido a um clima de "já ganhou" que eles dizem ter observado nos palmeirenses.

"Tive um almoço com o Jair. O Palmeiras está dizendo que já está na final de domingo e isso mexe no brio dos jogadores. Tenho certeza que, assim como honraram camisa no primeiro jogo, vão fazer valer a garra e a determinação para buscarmos a vitória e estarmos na final", disse.

No Palmeiras, o discurso tem sido no sentido contrário ao comentado por Peres. O técnico Roger Machado e os jogadores ressaltam a todo momento que não se consideram favoritos e que a melhor campanha do Paulistão, construída pelo time alviverde, não entrará em campo nos jogos decisivos. O treinador chegou até a criticar o regulamento por não dar uma "vantagem significativa" ao Palmeiras no mata-mata.

Após a derrota por 1 a 0 no último sábado (24), o Santos precisará de uma vitória simples, por qualquer placar, para decidir o confronto nos pênaltis ou vencer por dois gols de diferença para assegurar a classificação direta.

Peres ainda externou que o primeiro encontro gerou uma briga na Federação Paulista de Futebol (FPF). O dirigente reclamou ao presidente da entidade pela escalação de Jaílson.

"O Palmeiras jogou com um goleiro que estava suspenso. E que, uma semana antes, pediu efeito suspensivo e não foi dado. E contra o Santos, deram. Tive uma discussão forte na FPF, encaminhei protesto, liguei para o presidente e me aborreci muito. E, mesmo assim (com Jailson), poderíamos ter empatado ou vencido. Perdemos várias oportunidades. Acuamos o Palmeiras, de orçamento quatro vezes maior que o nosso", afirmou.

O goleiro palmeirense foi suspenso pelo Tribunal de Justiça Desportiva por três partidas pela expulsão e declarações no clássico vencido pelo Corinthians por 2 a 0, em 24 de fevereiro, mas foi liberado devido a um efeito suspensivo e teve atuação decisiva no clássico.

Santos e Palmeiras acirraram a rivalidade nos últimos anos, justamente, devido a série de decisões que protagonizaram desde 2015. Desde então, disputaram final e semifinal de Campeonato Paulista, decidiram uma Copa do Brasil e tiveram encontros importantes na disputa pelo Campeonato Brasileiro.

O Santos saiu vencedor nos duelos pelo estadual, enquanto o rival faturou as competições nacional. Todos os encontros também foram marcados por discussões fora de campo.

Em 2015, as principais confusões aconteceram entre o centroavante Ricardo Oliveira, hoje no Atlético-MG, e o goleiro Fernando Prass, então capitão do Palmeiras. O atacante fez uma careta após um gol em um clássico, não digerida pelos palmeirenses - que após levantarem o troféu da Copa do Brasil posaram para fotos imitando a mesma careta, além de trocarem declarações.