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MPF irá arquivar denúncia de manipulação no PR; TJD ainda reúne provas

Caso Rio Branco não será levado à frente pelo MPF: outra competência - Site Rio Branco-PR
Caso Rio Branco não será levado à frente pelo MPF: outra competência Imagem: Site Rio Branco-PR

Napoleão de Almeida

Colaboração para o UOL

28/03/2018 16h16

O Ministério Público Federal irá arquivar a denúncia feita pelo presidente do Rio Branco, clube de Paranaguá, no Paraná, sobre manipulação de resultados no Campeonato Paranaense. Leandro Ribeiro procurou o MPF na cidade a 100 km de Curitiba e chegou a abrir um processo, mas o arquivamento será feito na volta do recesso de Páscoa. O UOL Esporte apurou que o MPF compreende que o caso “não é da competência da República”, por se tratar de um clube privado.

O UOL Esporte tentou contato com Leandro Ribeiro, que não respondeu às chamadas ou mensagens enviadas. No final de semana, a denúncia ganhou destaque nacional após uma gravação com o lateral-esquerdo Thiaguinho revelar como se deu a tentativa de manipulação de resultados (ouça abaixo). Não há confirmação da realização da manipulação e, com o arquivamento do processo no MPF, caberá ao Rio Branco dar sequência ao caso se tiver interesse.

Justiça Desportiva ainda reúne provas

Na esfera desportiva, o caso ainda está na fase de recolhimento de provas, na mão do procurador Pedro Feitosa, do TJD-PR. De acordo com o presidente do tribunal desportivo paranaense, Leandro Rosa, “A gente está aguardando o protocolo oficial de alguma informação. Até agora é o que tem na mídia. Eu até já tive uma conversa com o procurador e ele está reunindo as informações e deve pedir a abertura de inquérito na Justiça Desportiva. Com o pedido dele pode ser aberto um inquérito e quando acabar a investigação vão dar o encaminhamento.”

Rosa ainda disse que é possível que o caso não tenha consequências. “A denúncia é de que um atleta teria sido sondado por uma pessoa de fora para fazer essa participação para que não vencesse o jogo. E ele disse que não adotou essa posição de se vender, e que procurou mais duas pessoas que não aceitaram. Nós, na Justiça Desportiva, só podemos atuar no limite desportivo. Tudo depende de qual o conjunto de provas que vai ser apresentado, com algo concreto.”

Ainda segundo o presidente, por ora, é difícil saber quem poderá ser punido. “Vai depender de quem está envolvido nisso. O presidente do clube foi quem denunciou, então à rigor o clube não deve estar envolvido nisso. É preciso verificar o que tem de concreto e em direção de quem o elemento vai indicar. Pode ser que seja apenas uma infração criminal, sem infração desportiva, ou até os dois. Vai ter que ver qual a consequência se tiver algo concreto.”