Topo

Gramado sintético preocupa Santos, que segue em busca de novo CT para base

Rodrygo, hoje no profissional, treinava no gramado sintético do CT Rei Pelé - Divulgação/SantosFC
Rodrygo, hoje no profissional, treinava no gramado sintético do CT Rei Pelé Imagem: Divulgação/SantosFC

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

02/04/2018 04h00

A diretoria do Santos está preocupada com as condições de trabalho das categorias de base. Além das situações precárias que foram encontradas no CT Meninos da Vila, que tinha até galinheiro, como revelou o UOL Esporte, a cúpula santista não está satisfeita com o fato de seus jovens talentos treinarem em campo com gramado sintético.

Por conta disso, os dirigentes ainda seguem em busca de um local para a construção de um novo centro de treinamentos para as categorias de base.

As categorias sub-11, sub-13, sub-15, sub-17, sub-20, além do time B (também conhecido como sub-23), treinam em gramado sintético no CT Rei Pelé e no CT Meninos da Vila. Apenas o futebol feminino treina no campo com grama natural.

No CT Rei Pelé existem três campos: dois de grama natural, utilizados somente pela equipe principal, e um de gramado sintético, bastante usado para treinamentos e jogos das categorias de base.

O CT Meninos da Vila, por sua vez, conta com dois campos, um de grama natural, utilizado pelo futebol feminino, e outro de grama sintética, destinado aos treinamentos das categorias de base.

Vale ressaltar que o Santos busca um novo local para a construção do CT, pois a AFC, associação sem fins lucrativos que atende funcionários da Usiminas, recusou proposta santista e vendeu espaço que era cobiçado pelo clube para uma empresa de logística por R$ 40 milhões à vista.

A ideia do Santos era pagar R$ 20 milhões à vista e o restante parcelado em três anos, mas a associação da Usiminas preferiu vender para a TRX.

“Santos não colocaria um centavo. Queríamos trazer prato pronto para aprovação (do Conselho), mas já foi vendido por R$ 40 milhões à vista. Nossa oferta era de R$ 20 milhões de sinal por uma empresa, com empreendimento lá, um shopping, e isso que aconteceu. E agora não terá negócio”, disse o presidente do clube, José Carlos Peres.

A diretoria santista pretendia transferir a categoria de base e o futebol feminino para o local, pois a área tem cerca de 280 mil m². O CT Meninos da Vila e o Rei Pelé, por exemplo, possuem entre 30 mil e 40 mil metros quadrados.

A diretoria do Santos entende que as categorias de base precisam de investimentos e estruturas melhores, pois dão fruto para o clube dentro e fora de campo. Segundo eles, são R$ 100 milhões de receita por ano com venda de atletas e recebíveis por ser clube formador (mecanismo de solidariedade da Fifa), e “apenas” R$ 15 milhões de investimento anual.