Topo

Santos tenta se desfazer de "quarteto milionário" pra comprar Sasha e Dodô

Sasha é o artilheiro do Santos em 2018, com 6 gols. Ele é considerado melhor reforço do time - Ale Cabral/AGIF
Sasha é o artilheiro do Santos em 2018, com 6 gols. Ele é considerado melhor reforço do time Imagem: Ale Cabral/AGIF

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

03/04/2018 04h00

O Santos corre no mercado para negociar jogadores considerados caros e que não estão nos planos do técnico Jair Ventura. A diretoria santista somou os salários do zagueiro Cleber, do volante Leandro Donizete, do meia-atacante Rafael Longuine e do lateral esquerdo Caju e “descobriu” um gasto mensal de R$ 1 milhão.

Na visão da diretoria santista, este valor poderia ser utilizado para contratar reforços e, inclusive, bancar a permanência em definitivo do atacante Eduardo Sasha, que pertence ao Internacional, e o lateral esquerdo Dodô, vinculado à Sampdoria, da Itália.

Com a possível economia, o Santos fica mais confiante em ter Sasha e Dodô. O presidente José Carlos Peres diz que exercerá a prioridade de compra até o fim do ano, quando encerra o empréstimo da dupla. Por isso, ele pretende negociar os atletas encostados o mais rápido possível. Sasha e Dodô vieram com valores fixados que, segundo o mandatário, estão dentro da realidade clube.

Os dirigentes santistas revelaram ao UOL Esporte que o gasto com estes atletas faz o Santos recuar em contratações chamadas de “apostas” ou “oportunidade de mercado”. Para eles, o meia Caio Henrique, que pertence ao Atlético Madri, da Espanha, e acertou com o Paraná, só não foi contratado por conta disso.

A cúpula alvinegra que alega que o jogador corre o risco de seguir o mesmo caminho do quarteto, pois não se trata de um meia que chegaria para resolver o problema da posição de imediato. O presidente José Carlos Peres quer evitar mais gastos desnecessários com a folha de pagamento e, por isso, Caio Henrique e outros atletas foram recusados após serem oferecidos.

Agora os dirigentes do Santos aceleram o processo de “enxugamento” do elenco. Cleber já tem tudo apalavrado com o Paraná e deve assinar empréstimo até o fim desta temporada. O clube paulista pagará parte do salário, mas já alivia parte da folha.

Leandro Donizete é o caso mais complicado, já que recebe pouco mais do que o zagueiro Cleber. O valor chega a R$ 300 mil mensais, somando salários e luvas. O Santos só recebeu propostas de clubes interessados em pagar apenas 30% deste montante. Com isso, o clube paulista tenta negociar a rescisão com o jogador.

Rafael Longuine é o um dos poucos jogadores do elenco que não foi utilizado por Jair Ventura no elenco. A nova diretoria se assustou ao saber o ordenado do jogador. Ele recebia, por exemplo, mais do que Victor Ferraz, titular absoluto da lateral-direita nos últimos anos.