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Perícia aponta fraude em eleição do Vasco e vê mais de 300 irregularidades

Eleição do Vasco foi marcada por polêmicas e acusações de fraudes  - Bruno Braz/UOL
Eleição do Vasco foi marcada por polêmicas e acusações de fraudes Imagem: Bruno Braz/UOL

Do UOL, no Rio de Janeiro

05/04/2018 13h46

Autorizada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, uma perícia no banco de dados do Vasco foi realizada pelo Instituto de Criminalística e comprovou as suspeitas de fraudes na eleição do clube no fim do ano passado. De acordo com reportagem da TV Globo, mais de 300 sócios estavam em situação irregular.

O ex-funcionário Sérgio Murilo Paranhos foi indiciado por estelionato e falsidade ideológica. Ele trabalhava na parte de informática do clube na gestão de Eurico Miranda e, segundo as investigações, foi o responsável por alterar os cadastros que, inicialmente, não tinham datas aptas a voto.

O HD contém o registro de 5.780 pessoas que se associaram ao Vasco entre 2015 e 2017. Destes, 335 estavam irregulares.

A comprovação de fraude poderá acarretar no cancelamento da eleição. O novo presidente, Alexandre Campello, venceu após romper a aliança que tinha com Julio Brant e que havia levado a dupla à vitória entre os sócios.

Como a eleição do Vasco ocorre de maneira indireta, ainda foi necessário uma votação entre os conselheiros, e lá Campello se desligou de Brant e se aliou aos correligionários de Eurico Miranda, o que lhe garantiu votos suficientes para vencer o pleito e se tornar o mandatário do próximo triênio no clube.

Intervenção jurídica desde antes da eleição

Os fortes indícios de fraude antes da eleição fizeram com que a Justiça interviesse no pleito vascaíno. No dia da votação, foi colocada uma urna separada para os mais de 700 sócios suspeitos. Ela foi para perícia e depois foi desconsiderada na soma dos votos. Na contabilidade, ela destoava bastante das demais com votos para a reeleição de Eurico.