Mais um passo para o estádio. Galo faz acordo por dívida de quase 20 anos
No final de 1999 o Atlético-MG pegou R$ 7 milhões emprestados com um grupo de empresários mineiros, para poder renovar o contrato do zagueiro Cláudio Caçapa e comprar o atacante Guilherme Alves, que pertencia ao Vasco. Quase 20 anos depois o clube se acertou com a WRV Empreendimentos e coloca fim a uma longa batalha judicial e uma cobrança que já estava acima dos R$ 70 milhões.
A informação foi divulgada pelo Globoesporte.com e confirmada pelo UOL Esporte. Com o acerto dessa dívida, o Galo fica livre para poder finalizar a operação da venda de 50,1% de um shopping localizado na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, por R$ 250 milhões. Essa quantia será usada na construção do estádio do clube, que tem o início das obras previsto para junho deste ano.
Como a ação movida pela WRV gerou alguns bloqueios em receitas do Atlético, a diretoria do clube temia que isso pudesse acontecer também com o dinheiro que será usado para a construção do estádio. Curiosamente, a aproximação entre clube e credor só aconteceu graças ao Cruzeiro, já que a WRV entrou na história da dívida sobre ida de Fred para a Toca da Raposa.
Até por isso, o prazo para que a venda do shopping seja finalizada foi estendido em um mês. Em setembro do ano passado o conselho deliberativo do Atlético aprovou a operação financeira. Pelo contrato entre o clube mineiro e a Multiplan, empresa que já administra o empreendimento e se tornará sócia do Galo, o dia 30 de março era o prazo final. Como temor de ter o dinheiro bloqueado, o Atlético solicitou a prorrogação do prazo e foi atendido pela Multiplan. Agora, sem risco de bloqueios, a venda do shopping deve ser confirmada nos próximos dias.
No acerto feito, o Atlético vai ter de pagar cerca de R$ 45 milhões. A quantia será quitada em pelo menos 48 parcelas, mas não são prestações mensais. Além disso, parte da dívida será paga com publicidade. A forma de como será feito é algo que ainda não foi comentado por ninguém dentro do Atlético.
Corrigidos pelo IGP-M, os R$ 7 milhões iniciais da dívida atleticana são equivalentes a R$ 26,2 milhões.
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