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Três integrantes de Mancha e Pavilhão 9 têm prisão preventiva decretada

Reprodução de TV
Imagem: Reprodução de TV

Thiago Rocha

Do UOL, em São Paulo

09/04/2018 20h14

Três integrantes de torcidas organizadas de Corinthians e Palmeiras, um da Pavilhão 9 e dois da Mancha Alviverde, tiveram prisões preventivas decretadas pelo juiz Ulisses Augusto Pascolati Júnior, do Juizado Anexo de Defesa do Torcedor. A decisão, datada de 3 de abril, foi publicada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo nesta segunda-feira (9).

O corintiano Lucas Osório de Oliveira e os palmeirenses José Francisco de Lima e Noel Barros se envolveram em confronto entre as duas facções nas estações do metrô Brás e D. Pedro II, ambas na Zona Leste, em abril de 2016, uma das confusões que motivaram a adoção de torcida única em clássicos disputados no Estado de São Paulo.

A briga causou a depredação de vagões e das instalações das estações, além de expor usuários do transporte público ao risco de morte ou ferimentos graves com o disparo de rojões e arremessos de objetos.

No mesmo dia, brigas em outras partes da cidade e na Grande São Paulo deixaram um morto, no bairro de São Miguel Paulista. Mais de 60 pessoas foram detidas. Dias depois, uma operação da Polícia Civil chegou a lacrar as entradas das sedes de Gaviões da Fiel e Pavilhão 9, além de prender outros 26 suspeitos.

Os três torcedores figuram em lista divulgada pela Federação Paulista de Futebol, em janeiro, com 22 filiados de facções uniformizadas que estão proibidos de frequentar estádios. Em dias de jogos, eles precisam ir a locais determinados pela Justiça para que se comprove o não comparecimento em partidas.

Na decisão, o juiz argumentou que os acusados insistem "em descumprir a ordem judicial de afastamento - alternativa à prisão -, o que faz crer que estão comparecendo aos estádios e, portanto, apresentando risco à ordem pública - até porque são integrantes de torcida organizada".

O pedido de prisão preventiva envolvia ainda um quarto elemento, Cristian Araújo Benedito, da Mancha. No entanto, a defesa do torcedor obteve um recurso para evitar que ele fosse detido.