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Petraglia cobra calendário anual ao interior e espaço em Liga das Américas

Do UOL, em São Paulo

11/04/2018 21h18

Uma das principais, senão a principal figura da história recente do Atlético-PR, Mario Celso Petraglia segue expondo suas reivindicações. Nesta quarta-feira (11), o presidente do Conselho Deliberativo do time paranaense cobrou espaço ao clube na Liga das Américas e sugeriu calendário anual aos times do interior.

Na última semana, o cartola inaugurou polêmica ao disparar contra Vasco e Botafogo e tratar como “cartel” os 12 clubes considerados os maiores do país. Na ocasião ele se referia às cotas de televisão, mas outro problema em sua visão é um suposto elitismo destes times.

“Chamei de cartel, mesmo, pelo que estava acontecendo. Recentemente estavam pensando em uma liga latino-americana e estavam os 12 clubes lá sem nenhum critério de ranqueamento”, reclama, em referência direta à Liga das Américas, projeto de torneio alternativo à Copa Libertadores que seria feito aos moldes da Liga dos Campeões da Europa. “Felizmente, ou infelizmente, esse projeto ainda não andou. Mas se tivesse, nós estaríamos fora”, critica Petraglia no canal ESPN.

O cartola acredita que o Atlético-PR “superou” adversários que compõem o “cartel” a que se refere. Seria o caso de Botafogo e Vasco, em sua opinião. Daí a sua reclamação quanto aos direitos do clube paranaense. A má divisão de recursos entre os clubes é um problema nacional, alega Petraglia, que se apresenta inclusive no Campeonato Paranaense.

“Acontece também no Paraná, e é contra isso que se debate. Quando ajudamos a criar a Primeira Liga, pensamos em abrir mão do Campeonato Paranaense e usar o time juvenil, para abrir a TV para os times menores. Temos esta responsabilidade, porque aquilo que brigamos para cima temos que pensar também para baixo”, pondera o cartola, que aponta o calendário anual como uma das soluções para fomentar o futebol do interior do estado.

“Gostaríamos que tivesse uma competição, apoiada por clubes, prefeituras, poder econômico. Para ter um calendário para estas cidades que não estão nas séries A e B; que tivesse o Paranaense o ano inteiro”, defende, sem deixar de cutucar as federações pelo atual modelo. “É insustentável, e só se mantém pelos motivos que a gente conhece.”