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Palmeirenses afinam discurso e se negam a falar sobre polêmica do Paulistão

Polêmica sobre a final do Paulistão ainda é assunto no Palmeiras - THIAGO BERNARDES/FRAMEPHOTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO
Polêmica sobre a final do Paulistão ainda é assunto no Palmeiras Imagem: THIAGO BERNARDES/FRAMEPHOTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

12/04/2018 04h00

As falas dos jogadores do Palmeiras após o empate por 1 a 1 com o Boca Juniors, pela Libertadores, na última quarta-feira, tiveram um ponto em comum: todos fizeram o máximo para não comentar a polêmica envolvendo a final do Campeonato Paulista contra o Corinthians. Em um discurso afinado, os alviverdes afirmaram que o dérbi é passado e que o assunto está nas mãos da diretoria.

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Felipe Melo, por exemplo, foi escalado para dar entrevista coletiva ao lado do técnico Roger Machado e avisou logo em sua primeira resposta: "Estou aqui para falar do jogo de hoje. O passado é passado, e isso é com o jurídico, com o presidente".

O capitão Dudu também foi questionado sobre a situação da final contra o Corinthians, que corre até o risco jurídico de ser impugnada, e se esquivou. "Não, não influenciou em nada. A equipe entrou focada. Isso é coisa da diretoria", disse o camisa 7. Outros atletas, como Keno, seguiram a mesma linha.

A decisão do árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza de voltar atrás na marcação de um pênalti a favor do Palmeiras no segundo tempo da decisão causou revolta no clube alviverde. O presidente Maurício Galiotte declarou logo após o jogo, ainda no domingo, que o clube era maior que um "Paulistinha". Depois, em nota oficial, o Palmeiras divulgou um "rompimento" com a Federação Paulista de Futebol.

O clube pleiteia, no âmbito do Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo, cobrar explicações sobre a presença do diretor de arbitragem da FPF, Dionísio Roberto Domingos, no gramado do Allianz Parque durante a confusão da marcação do pênalti. O Palmeiras sustenta que Dionísio interferiu na decisão da arbitragem, configurando uma influência externa proibida pela regra.

A aparição de Galiotte no domingo havia sido a última manifestação pública de um palmeirense até o jogo contra o Boca. Na segunda e na terça, o clube fechou seus treinos e ninguém concedeu entrevista. Só depois da partida na Libertadores é que a imprensa voltou a ter contato com atletas e treinador.

Tanto Roger quanto Felipe Melo, por sinal, reconheceram que o time entrou contra o Boca pressionado e em situação difícil emocionalmente após a frustração na final contra o Corinthians. O Palmeiras sofreu o empate aos 46 minutos do segundo tempo, apenas dois minutos depois de ter aberto o placar com gol de Keno.

O time alviverde terá folga nesta quinta-feira para recuperar o elenco da maratona desgastante de jogos. O próximo compromisso palmeirense acontece contra o Botafogo, na próxima segunda-feira (16), pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro, fora de casa.