Quem é ex-jogador que virou trunfo do PSG em elo Brasil e França?

Quando Neymar acertou com o Paris Saint-Germain, houve o receio entre os dirigentes do clube de crise de relacionamento nos vestiários. O lado francês perdeu força, mas o ciúme com os privilégios do camisa 10 foi basicamente evitado por Zoumana Camara. O ex-zagueiro francês foi o encarregado de contornar os problemas e criar um vínculo entre os jogadores.

Camara, que há quatro anos atua como auxiliar técnico no clube, tem grande aceitação entre franceses e brasileiros. O comportamento “boleiro”, com linguagem de campo e muitas brincadeiras, são valorizados.

Com os brasileiros, Camara carrega prestígio e uma fama de jogar a favor, sem levar as queixas do grupo sobre o treinador Unai Emery. Em treinos, o auxiliar sempre se preocupa em formar grupos que mesclem brasileiros e franceses.

O agora auxiliar foi zagueiro do PSG por oito temporadas, de 2007 a 2015. Com tanto tempo de clube, mesmo que com baixo destaque, ganhava moral com o grupo pelo bom relacionamento e um grande conhecimento tático.

“Ele é fantástico, uma ótima pessoa. Fico impressionado com o tratamento que dá aos problemas, sempre encontrando solução na base do diálogo”, elogiou Thiago Silva quando Camara foi anunciado com auxiliar técnico no clube.

Na contratação de Neymar, uma das atitudes da cúpula do PSG foi alçar o ex-jogador do clube Maxwell para um cargo de dirigente. O zelo pelo relacionamento com os jogadores brasileiros (Daniel Alves, Thiago Silva, Marquinhos, Thiago Motta e Lucas Moura) era o motivo. No vestiário, a presença de Camara já significava preocupação com o grupo francês.

O grupo francês do PSG conta com oito jogadores no vestiário. Tendo uma parte formada por jovens promissores, como Nkunku, Rabiot, Mbappe, a gestão de egos é vista como fundamental. 

“Ele me deu muitos conselhos para começar por aqui. Lição de humildade e cabeça no lugar. Foi fácil entrosar no vestiário com a ajuda dele também”, destacou Mbappé.