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"Cigano" da bola, Roger rejeitou Corinthians no ano passado por causa de Jô

Roger era alvo de Inter e Corinthians nos últimos meses da temporada passada - VINíCIUS COSTA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Roger era alvo de Inter e Corinthians nos últimos meses da temporada passada Imagem: VINíCIUS COSTA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Diego Salgado

Do UOL, em São Paulo

17/04/2018 04h00

O Corinthians está perto de se tornar o 18º clube da carreira de Roger. O atacante de 33 anos realizou exames médicos no clube alvinegro na última segunda-feira e deve assinar contrato até o fim de 2019 nos próximos dias.

A concretização da transferência ao Corinthians, após uma passagem apagada e curta pelo Internacional, vai acontecer com cinco meses de atraso. Em novembro, Roger optou pelo clube gaúcho para escapar da forte concorrência que teria com Jô no time alvinegro.

Semanas depois de acertar a ida ao Inter, o jogador explicou os motivos de dizer "não" ao Corinthians. Em entrevista ao programa Bola da Vez, da ESPN Brasil, Roger disse que teria mais chances de entrar em campo como atacante do Inter, que, segundo ele, teria um 2018 marcado pelo recomeço após o retorno à Série A.

O atleta chegou a citar o nome de Leandro Damião, titular do Inter, e até de Kazim, reserva de Jô no Corinthians durante toda a temporada 2017. Na avaliação de Roger, ele poderia passar pela mesma situação do atacante turco caso acertasse com o Corinthians naquele momento.

As propostas dos dois times também pesaram na decisão. O Corinthians, que ainda contava com Jô no elenco, ofereceu salário mais baixo e viu o Inter levar a melhor na negociação ocorrida dias depois de o time alvinegro garantir a conquista do hepta brasileiro.

O time alvinegro, porém, vendeu o artilheiro do Brasileirão na segunda quinzena de dezembro e começou uma busca fracassada por um centroavante. Kazim, até então pouco utilizado, ganhou a vaga de titular, mas logo perdeu espaço.

Carille ainda fez testes com Júnior Dutra, contratado depois de se destacar pelo Avaí. Pouco efetivo, o atacante voltou ao banco de reservas e forçou o treinador corintiano a montar um esquema sem centroavante.

Roger - Wagner Damásio/Site oficial do Sport - Wagner Damásio/Site oficial do Sport
Roger defendeu o Sport na temporada 2013
Imagem: Wagner Damásio/Site oficial do Sport

"Cigano" da bola

Roger foi revelado pela Ponte Preta no começo dos anos 2000. Aos 20 anos, ele foi comprado pelo São Paulo para a disputa da Libertadores e do Campeonato Brasileiro. O contrato assinado na ocasião era válido por cinco anos.

O atacante fez apenas quatro gols em 17 jogos e acabou envolvido numa troca com o Palmeiras, que cedeu o lateral esquerdo Lúcio ao time do Morumbi. O desempenho baixo voltou a se repetir no time alviverde: Roger foi às redes apenas duas vezes nas 13 partidas que disputou.

Ele, então, foi emprestado pelo São Paulo a diversas equipes, como Ponte Preta, Al-Nasr (Emirados Árabes Unidos), Sport, Fluminense e Vitória. No começo de 2010, ele voltou ao tricolor paulista, mas novamente não emplacou e foi cedido ao Guarani até ser vendido ao Kashiwa Reysol, do Japão.

Em sete anos, Roger acumulou mais 11 transferências - ele defendeu, por exemplo, Ceará, Atlético-PR, Bahia, Chapecoense, Red Bull e Suwon Bluewings, da Coreia do Sul.

Contratado pelo Botafogo depois de uma negociação polêmica com a Ponte Preta, o atacante viveu a melhor fase da carreira ao marcar 17 gols em 48 jogos. A boa fase, entretanto, não se repetiu no Inter. Em 13 partidas, dez delas como titular, Roger só fez três gols.