Cruzeiro detecta erros de antiga gestão e economiza mais de R$ 2 milhões
A atual diretoria do Cruzeiro herdou grandes problemas da anterior, como a dívida de R$ 50 milhões na Fifa, mas ainda há fatos que não são de conhecimento público. A gestão de Gilvan de Pinho Tavares fechou três compromissos que foram recusados pela atual. A correção permite economia superior a R$ 2 milhões nas contas deste ano.
Hoje no Juventude, Caio Rangel assinaria um contrato com salário elevado em janeiro de 2018; Careca (ex-jogador do Atlético-AC) fecharia empréstimo oneroso aos cofres da equipe; e Gabriel Xavier tinha metade dos salários pagos pelos mineiros enquanto joga no Nagoya Grampus, do Japão.
O primeiro erro detectado foi o contrato de Caio Rangel. Emprestado ao Cruzeiro pelo Cagliari, da Itália, em 2016, o atacante de 22 anos ficaria sem contrato a partir da atual temporada.
A antiga diretoria da Raposa, liderada por Gilvan de Pinho Tavares, assumiu um compromisso de assinar contrato de dois anos com o atleta. Ele receberia R$ 50 mil mensais na Toca da Raposa II. O novo acordo custaria no mínimo R$ 1,2 milhão aos cofres do clube - R$ 600 mil em 2018 e a outra metade no ano seguinte.
Como em 2016, Caio Rangel sequer foi citado pelos treinadores para a equipe profissional, Wagner Pires de Sá e Itair Machado decidiram não cumprir o que foi prometido por seus antecessores.
Outro acordo avaliado como um equívoco pela atual diretoria foi a manutenção do empréstimo de Careca, ex-atacante do Atlético-AC. Depois de ficar dois anos nas divisões de base do clube mineiro, o jogador de 22 anos custaria R$ 400 mil aos cofres da Raposa.
Como estava fora dos planos de Mano Menezes, Careca deixou Belo Horizonte e voltou ao time da capital acreana logo que a nova cúpula assumiu a equipe.
Por fim, a situação envolvendo o empréstimo de Gabriel Xavier ao Nagoya Grampus, do Japão, também incomodou os responsáveis pelo futebol na Toca da Raposa II.
O meia-atacante de 24 anos tem contrato com o Cruzeiro até dezembro de 2019 e foi negociado por US$ 300 mil (R$ 948 mil à época) aos japoneses. O empréstimo do atleta se encerra no fim deste ano e a diretoria teria que pagar metade de seus salários até o término do acordo. Os vencimentos do atleta superam os R$ 200 mil mensais, o que obrigaria a Raposa a desembolsar R$ 1,2 milhão em 2018.
Contudo, o vice de futebol Itair Machado fez um acordo envolvendo a cessão de parte dos direitos do jogador para que não tivesse a obrigação de pagar o percentual de seu salário. Gabriel Xavier está fora dos planos e a diretoria espera que ele permaneça em definitivo no Japão ao término do empréstimo. Há uma cláusula que permite a compra dos direitos do meia-atacante por parte dos asiáticos, mas os mineiros estão dispostos a abaixar o preço a fim de liberá-lo.
As três mudanças feitas pela atual diretoria permitem que o Cruzeiro economize R$ 2,2 milhões em 2018. O valor ainda seria superior em R$ 600 mil, se considerada a duração total do provável contrato de Caio Rangel na Toca da Raposa.
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