Após 22 anos no Arsenal, Wenger quer comandar outro clube europeu

Após comandar o Arsenal por 22 anos, o técnico Arsène Wenger afirmou em entrevista coletiva nesta quarta-feira (25) que ainda pretende continuar a trabalhar. O comandante de 68 anos, que deixará o clube inglês após o fim da temporada, explicou que não vai parar de trabalhar.

"Espero que estes não sejam os meus últimos jogos na Europa. Meu objetivo é treinar na Europa de novo", disse, em entrevista coletiva antes do primeiro jogo da semifinal contra o Atlético de Madrid pela Liga Europa. O treinador revelou que a saída dos Gunners não foi por vontade própria.

Um dos nomes mais icônicos do Arsenal, Wenger pediu que o clube seja corajoso para contratar um sucessor. Para ele, a saída dos Gunners não o deixará rancoroso. "Você não dedica 22 anos da sua vida a um clube, vai embora e espera que tudo dê errado. Talvez, quando você tem um ego grande aos 40 anos de idade, pensa que o mundo não pode viver sem você. Na minha idade, você entende que o mundo continua e espera que ele siga em frente melhor", comentou.

Arsène Wenger revelou, ainda, que espera que os torcedores possam separar os momentos ruins da contribuição geral do seu trabalho no Arsenal. "As pessoas vão perceber que se classificar para a Liga dos Campeões por 20 anos seguidos não é tão fácil quanto parece". No entanto, ele admitiu que ainda teme a incerteza do futuro na profissão.

"Não tive nenhuma pausa como treinador por 35 anos. Pode procurar, isso não existe. Eu não sei o quanto eu estou viciado. Eu sou como uma pessoa que joga roleta russa toda semana e, de repente, não tem mais uma arma. Verei o quanto eu sinto falta dessa arma", afirmou Wenger. Questionado se já teria recebido contato de outras equipes, o comandante explicou que não assumirá outro compromisso por enquanto. "Não estou pronto para assumir nenhum outro compromisso que não seja o Arsenal".