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Depois de Militão e Cipriano, SP tem problema para renovar com outro jovem

Paulo Henrique é volante e só jogou uma vez pelo time profissional do Tricolor - Érico Leonan/saopaulofc.net
Paulo Henrique é volante e só jogou uma vez pelo time profissional do Tricolor Imagem: Érico Leonan/saopaulofc.net

Bruno Grossi, Pedro Ivo Almeida e Ricardo Perrone

Do UOL, em São Paulo (SP)

26/04/2018 04h00

Os problemas do São Paulo para renovar com garotos revelados em Cotia não pararam em Marquinhos Cipriano e Militão. Enquanto o primeiro já avisou que deixará o clube em setembro e as conversas com o segundo ficam cada vez mais difíceis, o Tricolor viu o volante Paulo Henrique recusar a primeira oferta para estender o vínculo que termina em 31 de janeiro de 2019.

Paulo foi promovido ao elenco profissional em janeiro, a pedido do então técnico Dorival Júnior. Na primeira rodada do Campeonato Paulista, quando time alternativo foi escalado, o garoto de 20 anos foi titular e um dos raros destaques na derrota por 2 a 0 para o São Bento. Desde então, não jogou mais. O próprio São Bento demonstrou interesse em contratá-lo por empréstimo para a Série B do Campeonato Brasileiro, mas nada foi resolvido até o momento.

O volante treina sem nenhuma restrição, mas quase nunca é relacionado. E essa é uma das razões para ter recusado a proposta de renovação feita pela diretoria tricolor. Paulo não gostaria de sair do São Paulo, só que não vê perspectivas de ser aproveitado. Entre renovar e ser emprestado ou deixar o contrato terminar, a segunda opção tem mais força entre seus representantes.

Como o vínculo termina em 31 de janeiro de 2019, Paulo Henrique pode assinar de graça com outros clubes a partir de 31 de julho deste ano. No caso de Militão, esse prazo é ainda menor: 11 de julho. O de Cipriano venceu em março e, em setembro, ele será desligado do Tricolor definitivamente.

Liziero fez sua estreia como titular no profissional do São Paulo - Marcello Zambrana/AGIF - Marcello Zambrana/AGIF
Liziero fez sua estreia como titular no profissional do São Paulo
Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Na contramão

Se nesses três casos a diretoria do São Paulo flertou com o fracasso, em outros três as negociações se desenrolaram de forma completamente distinta. O goleiro Lucas Perri, o volante Liziero e o meia-atacante Helinho têm conversas adiantadas para renovar seus contratos. O Tricolor espera concluir o procedimento do trio em breve.

Antecedentes

Cipriano, Militão e, agora, Paulo Henrique fazem o São Paulo relembrar outros episódios em que jovens formados em Cotia optaram por não renovar para saírem com os direitos econômicos nas mãos. Foi assim com o volante João Schmidt no ano passado, que recusou seguidas tentativas de estender seu vínculo para jogar na Atalanta. No clube italiano, jogou apenas uma vez devido a lesão grave.

Outras promessas saíram de maneira ainda mais brusca, com brigas judiciais. O meia Oscar, que depois de transferiu para o Internacional e hoje está na China, é o mais lembrado. O lateral-esquerdo Diogo passou por processo semelhante. Atualmente, o ala defende o Juventus, da capital paulista, depois de jogar por clubes menores da Europa e rodar por Argentina e Uruguai.

O volante Casemiro foi outro que, por pouco, não seguiu o caminho de Oscar. Ele preferiu seguir no São Paulo e foi vendido ao Real Madrid B. Teve passagem pelo Porto para ganhar experiência e voltou à equipe espanhola principal para ser titular, destaque e garantir vaga na seleção brasileira.