Goleiro Bruno é dispensado de trabalho em Corpo de Bombeiros
O goleiro Bruno deixou o 9º Batalhão de Corpo de Bombeiros de Varginha, onde estava prestando serviços há duas semanas. Ele trabalhava realizando serviços gerais (limpeza) em troca de redução de sua pena de 22 anos de prisão pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samúdio.
Bruno iniciou os trabalhos no Corpo de Bombeiros depois de precisar deixar a ONG onde dava aulas de futebol a crianças por falta de repasse de verbas e vinha trabalhando com os bombeiros como alternativa. O serviço acontecia todos os dias das 7h às 16h30.
O Corpo de Bombeiros de Varginha explicou ao UOL que Bruno foi dispensado por excesso de detentos trabalhando no local. Segundo a corporação, não havia trabalho para todos e por isso o goleiro voltou ao presídio em período integral a partir desta sexta (27). O Batalhão também informou que hoje há apenas um detento no quartel.
Em contato com a reportagem, o advogado de Bruno, Fábio Gama, disse que a repercussão da presença do goleiro no local fez com que os bombeiros ficassem receosos e preferissem a dispensa do condenado.
“Ele está acostumado com a pressão da mídia em cima dele. O local é aberto e em volta é muro, quem passa na rua de cima via a parte de dentro do batalhão, via ele trabalhando, tiravam fotos, filmavam. Era aberto e isso causou um certo tumulto. Os líderes do corpo de bombeiros ficaram receosos”, explicou o advogado.
O advogado de Bruno ainda disse que agora entrará com pedido para que o goleiro volte a trabalhar na antiga ONG ou no Apac (Associação de Proteção aos Condenados) enquanto espera a autorização para passar ao regime semiaberto, o que deve acontecer ainda em 2018. Quando for para o semiaberto, o goleiro poderá trabalhar normalmente como jogador de futebol durante o dia.
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