Associação de jogadores critica punição a Guerrero e cobra reunião com Fifa
A Associação de Jogadores Profissionais (Fifpro) reprovou a suspensão imposta ao atacante Paolo Guerrero. A entidade que representa os atletas pede uma reunião imediata com a Fifa para que a punição seja revista.
Em nota oficial, a Fifpro classifica a pena de 14 meses como "injusta e desproporcional", alegando que Guerrero não teve intenção de consumir a substância benzoilecgonina, principal metabólito da cocaína e da folha de coca, após o empate sem gols entre Peru e Argentina, em Buenos Aires, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. O metabólito está na lista de substâncias proibidas.
A Fifpro acrescenta que tanto a Fifa quanto a Corte Arbitral do Esporte entenderam que o uso da substância dopante não resultou em vantagem no desempenho ao atacante do Flamengo.
"Não houve intenção de trapacear. Por isso, desafia o senso comum de que ele deveria receber punição que é tão prejudicial para a sua carreira".
A entidade diz também que o Código Mundial de Antidoping leva a sanções inapropriadas.
Suspenso, Guerrero fica fora da Copa
A Corte Arbitral do Esporte (CAS) aplicou 14 meses de suspensão a Guerrero por uso de substância dopante. Desta forma, o peruano está fora da disputa da Copa do Mundo. A decisão do CAS é a última instância jurídica desportiva. Mas a defesa do atleta deve recorrer à Corte Suíça.
O jogador do Flamengo já cumpriu seis meses de suspensão, restando mais oito meses de gancho.
O julgamento na CAS aconteceu no dia 3 de maio em Lausanne, na Suíça, e teve a presença de Guerrero. Mas o veredicto foi tomado pela CAS somente agora. A nova pena imposta frustra o sonho de Guerrero disputar seu primeiro Mundial.
Com a suspensão, Guerrero também não defenderá mais o Flamengo, pois seu contrato vence em agosto. O jogador atuou no domingo na partida do time rubro negro contra a Chapecoense, em Chapecó. O Fla perdeu por 3 a 2, e Guerrero anotou um gol. Em entrevista à "RNP Notícias", Petronila Gonzáles, mãe do jogador, falou que o camisa 9 está destroçado com a notícia.
Em comunicado oficial, a CAS explicou a pena imposta ao rubro-negro e afirmou que o jogador não procurou ganho esportivo ao ingerir a substância proibida. O órgão, no entanto, acrescentou que Guerrero assumiu um risco. De acordo com as normas da Fifa, o gancho poderia ser de até dois anos, mas o órgão considerou 14 meses um período apropriado.
A Federação Peruana de Futebol (FPF) lamentou a sanção imposta ao seu principal astro, ressaltou a falta que o atacante fará ao grupo comandado por Ricardo Gareca, e garantiu que "nenhuma adversidade, por mais dura que seja, vai parar a seleção".
Por meio de sua assessoria de imprensa, o Flamengo informou que "é obrigado a acatar a decisão da CAS e que não fará nenhum outro comentário a respeito neste momento".
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