Topo

Ex-Bayern, alemão tenta se firmar no Vitória com ajuda de modelo brasileira

Alexander Baumjohann está no Vitória desde o início deste ano - Divulgação: Vitória
Alexander Baumjohann está no Vitória desde o início deste ano Imagem: Divulgação: Vitória

Beatriz Cesarini

Do UOL, em São Paulo

19/05/2018 04h00

“Ele é o alemão mais brasileiro que eu conheço”. É assim que a modelo Tatiane Baumjohann definiu o seu marido, Alexander Baumjohann, em entrevista ao UOL Esporte. O ex-Bayern de Munique atua no Vitória desde o início deste ano e tem o apoio da esposa brasileira para se firmar no time baiano após a frustrada passagem pelo Coritiba.

Após atuar 13 anos na Alemanha, Alex quis algo diferente no futebol. Por ser casado com uma brasileira há 11 anos e ter amigos no país sul-americano, o meio-campista escolheu o Brasil. O ex-atleta Lincoln foi o responsável por realizar o desejo do alemão.

“Já falo a língua e já tenho uma relação com o Brasil por causa da minha esposa, aí facilita. O Campeonato Brasileiro tem muitos jogadores bons, muitos clubes grandes, estádios novos por causa da Copa... Então eu achei que seria uma escolha muito boa”, disse Alex, em entrevista ao UOL Esporte.

Alexander Baumjohann chegou a ser convocado para defender a seleção alemã de base. Ele era visto como promessa e despertou o interesse do gigante Bayern de Munique e foi para clube bávaro. Alex também jogou por Schalke 04, Borussia Mönchengladbach, Kaiserslautern e, por último, o Hertha Berlim.

Hoje no Vitória, Alex está cada vez mais firmado. O atleta fez 11 jogos pelo time, sendo um como titular, já balançou as redes em uma oportunidade, e deu duas assistências na Copa do Nordeste e uma no Campeonato Baiano.

“Ele é a pessoa mais centrada que eu conheço. Ele quer aquilo, corre atrás, faz por onde. Ele conta que pergunta muito no treino, corre muito, se esforça muito. Para mim, o lado que eu vejo ele aqui, já era para ele ser titular. Ele está sempre estudando, assiste sempre futebol, procura saber do adversário, procura saber tudo. Mas isso é com o técnico dele, que faz o esquema tático e tudo mais. Mas creio que ficaremos aqui por muito tempo”, disse a esposa Tatiane, bastante otimista com a passagem de Alex no Vitória.

“Deu quase tudo errado no Coritiba”

Alexander Baumjohann em ação durante treino do Coritiba - Divulgação/Coritiba - Divulgação/Coritiba
Imagem: Divulgação/Coritiba
Em julho do ano passado, Alex chegou ao Coritiba. A escolha do time, pelo seu agente e amigo Lincoln, foi por causa do clima e da infraestrutura da cidade. Mas uma série de fatores fez com que a sua passagem pelo clube do sul do Brasil desse errado.

“Comecei no Coritiba no ano passado, porque o time estava interessado em mim e quis me contratar. Lincoln fez questão de eu ir para lá, porque o time era muito bom e a cidade de Curitiba é muito boa, tem menos criminalidade do que em outras, o clima não é tão diferente da Alemanha. Mas tive muito azar, tive problemas com o visto que demorou cinco semanas para sair”, contou Alex.

O meia acabou estreando somente no mês de outubro, ou seja, três meses após a contratação. A partir daí, Alex participou de apenas dois jogos do Coritiba, contra Vasco e Cruzeiro. A mudança do comando técnico do clube foi um dos principais fatores, segundo ele, para a pouca atuação.

“Na hora que tirei o visto, o treinador Pachequinho foi mandado embora, e ele tinha sido fundamental para mim. Aí depois veio o Marcelo Oliveira, que disse que não me conhecia, por isso não me colocava para jogar. Então me machuquei, quebrei a mão no treino e fiquei cinco semanas fora. Deu quase tudo errado lá, e ainda por cima o Coritiba caiu e eu acabei saindo”, comentou.

“Culinária brasileira está muito à frente da Alemanha”

Alex Baumjohann e sua esposa Tatiane - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Imagem: Reprodução/Instagram
Alex é um grande fã do Brasil. Ele conheceu sua mulher Tatiane na Alemanha por meio de um amigo brasileiro e, desde então, o contato com a cultura do Brasil é muito grande.

“Eu falo que ele é o alemão mais brasileiro que eu conheço. Ele é bem aberto, gosta muito da cultura brasileira e por estarmos juntos há 11 anos, ele sempre veio de férias, teve contato com a minha família. Lá na Alemanha, os melhores amigos sempre foram os brasileiros, Dante, Rafinha... E o Alex é uma pessoa muito tranquila, é bem aberto a novas experiências”, contou Tati.

Por esse motivo, Alex nunca teve muito problema para se adaptar ao Brasil. O que ele mais sentiu diferença foi o calendário do futebol brasileiro e o clima quente de Salvador.

“Principalmente aqui em Salvador, o clima aqui é um pouco difícil para eu me adaptar, mas agora com três meses que estou aqui já acostumei um pouco. Mas isso é a maior diferença. Além das viagens que você faz com os jogos, são muitos jogos e viagens longas”, falou Alex, que gosta muito da culinária do Brasil.

“Acho que coxinha é o prato favorito dele. E as frutas e os sucos do Brasil são muito diferentes. As frutas tropicais chegam a ir para lá, mas não tem muito gosto”, falou Tati.