Atleta que depende de transfusão diária de plaqueta tem ajuda do Bragantino
Desde dezembro de 2014, Silas Brindeiro luta contra uma leucemia que insiste em voltar. Nem um tratamento de ponta nos Estados Unidos que custou quase R$ 1 milhão resolveu a situação do atacante que defendia o Guarani. Os médicos estão fazendo usando procedimentos agressivos e a saúde do paciente depende de transfusões quase diárias de plaquetas. Jogadores e comissão técnica do Bragantino se uniram para dar uma força ao atleta e compareceram em massa para fazer doação.
“Durante o tratamento, o número de plaquetas e hemácias diminui. A redução causa sangramento e, se ocorrer no sistema nervoso central, leva a sequelas”, explica a médica Flávia Russo, do Instituto Brasileiro de Combate ao Câncer.
Ela conta que Silas está sendo preparado para um transplante e o caminho é acabar com as células doentes do organismo, o que amplia a queda de plaquetas. Por este motivo, a iniciativa do Bragantino é essencial. O treinador da equipe, Marcelo Veiga, disse que a ideia surgiu durante uma visita de representantes do Sindicatos dos Atletas de São Paulo. Ao invés de treinarem nesta segunda-feira, 31 integrantes do elenco e da comissão técnica foram ao hospital doar plaquetas.
“Ele está numa situação em que não precisa de dinheiro, precisa de plaquetas. Conversei com o grupo e todos aceitaram na hora. É difícil ver o Silas nesta situação”, lamentou Marcelo, que já foi treinador do atacante.
Entre as pessoas que doaram estava o zagueiro Guilherme Mattis que recordou uma ação do time no passado. Ele afirmou que foi antes do tratamento nos Estados Unidos foi organizada uma vaquinha nos vestiários do Bragantino que arrecadou parte do dinheiro que custeou a viagem. Mesmo usando o que havia de mais moderno, a leucemia não foi curada.
Os médicos estão fazendo um tratamento utilizado em crianças e que é mais agressivo do que o usado em adultos. O transplante de medula deve ocorrer até o começo de junho. Enquanto isso, Silas permanece em um quarto isolado porque está muito suscetível a doenças. Ele espera que o transplante finalmente represente a cura. Até lá, depende da doação de plaquetas para continuar a viver.
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