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Bahia lança plano de sócio com acesso a jogos em casa por R$ 45 mensais

Adesão foi iniciada nesta quarta-feira e já conta com enorme fila - Divulgação/E.C. Bahia
Adesão foi iniciada nesta quarta-feira e já conta com enorme fila Imagem: Divulgação/E.C. Bahia

Do UOL, em Santos (SP)

30/05/2018 11h12

O Bahia lançou nesta terça-feira (29) um plano de sócios mais popular, para torcedores de baixa renda (até R$ 1.500 mensais). Chamada “Bermuda e Camiseta”, a nova modalidade do Sócio Esquadrão custa apenas R$ 45 por mês e dá direito a todos os jogos em casa, camisa oficial de graça após 12 mensalidades, cerveja pela metade do preço, direito a voto para presidente e outros benefícios.

Inicialmente, o novo plano tem vagas limitadas a 2 mil sócios e, por conta disso, os torcedores tricolores já lotam o Shopping Capemi, único ponto de adesão, desde a manhã desta quarta (30).

Torcedores do Bahia fazem fila para aderir ao plano de sócio popular lançado pelo clube - Divulgação/E.C. Bahia - Divulgação/E.C. Bahia
Imagem: Divulgação/E.C. Bahia
Até então, a modalidade mais barata que permitia ao associado entrar com a carteirinha na Fonte Nova custava R$ 90. Porém, os torcedores que já são sócios e têm renda inferior a R$ 1500 podem fazer a migração para o novo plano normalmente.

“Outro detalhe importante: você poderá ficar em todo o setor ‘Cadeira’ do estádio (antigos Norte e Leste), junto e misturado com a Nação, sem um espaço específico na Fonte”, diz nota oficial divulgada pelo Bahia.

O clube destaca ainda o que o torcedor precisa para aderir ao plano: “O cadastro precisa ser feito presencialmente na CAS (Central de Atendimento), no shopping Capemi, mediante a apresentação de contracheque e carteira de trabalho ou Decore (Declaração Comprobatória de Rendimentos)”.

Ideia surgiu após conversa com torcedores

Em entrevista ao Programa do Esquadrão, oficial do próprio clube tricolor, o presidente Guilherme Bellintani explicou de onde surgiu a ideia para o novo plano.

Guilherme Bellintani, presidente do Bahia - Felipe Oliveira / EC Bahia - Felipe Oliveira / EC Bahia
Imagem: Felipe Oliveira / EC Bahia
“Temos mais de 18 mil sócios. É um recorte do clube, mas é pouco para o potencial do Bahia. Temos 1 milhão de seguidores nas redes sociais, mais de quatro milhões de torcedores. É muito para o que a gente tinha. Faltava algo no plano de sócios. Mas o que era esse algo? Perguntei para torcedores por que não eram sócios. O número de sócios varia muito de acordo com o resultado esportivo, mas alguns diziam que não tinham dinheiro”, conta.

“Alguns até tinham, mas não achavam legal gastar o dinheiro e não conseguir ir para a Fonte Nova. Alguns ganham um salário mínimo. A gente via muito isso. Chegou um dia, fui parado por um garçom que me falou que ou lançava um plano de sócios que o garçom possa se associar, ou não iria crescer nunca. Refleti que o estádio não estaria cheio nunca. Pensando muito, refletindo, criamos essa nova modalidade”, esclareceu o presidente.

De acordo com Guilherme Bellintani, o novo plano procura fazer ‘justiça social’ aos torcedores. “Os torcedores que ganham mais podem se sentir prejudicados por pagar mais. Não acho que serão prejudicados. É uma questão de justiça social, aproximar o torcedor mais popular do clube. Usamos um critério econômico e social para que os torcedores que atualmente não podem ir ao estádio, agora consigam assistir aos jogos do Bahia”, completou.