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"Não vamos trazer um treinador para apagar incêndio", diz diretor do Bahia

Esta foi a segunda passagem do técnico Guto Ferreira pelo Bahia - Felipe Oliveira / EC Bahia
Esta foi a segunda passagem do técnico Guto Ferreira pelo Bahia Imagem: Felipe Oliveira / EC Bahia

Do UOL, em Santos (SP)

04/06/2018 15h12

O Bahia realizou nesta segunda-feira (4), um dia após a demissão de Guto Ferreira, uma entrevista coletiva para justificar a saída do técnico e falar sobre a busca por um novo profissional. O presidente Guilherme Bellintani e o diretor de futebol Diego Cerri conversaram com a imprensa e, em resumo, afirmaram que a falta de resultados no Campeonato Brasileiro resultou na decisão tomada pela diretoria após a derrota por 2 a 0 para o Grêmio.

“Avaliação muito positiva, é difícil aspirar mais do que alcançamos, então diria que o trabalho do treinador foi próximo dos 100%. E por que o desligamento? Das cinco competições, o Campeonato Brasileiro é o mais importante, mais estratégica, o que define o futuro do clube. Decidimos pela falta de rendimento e dos resultados. O desligamento é pela falta de resultados no Campeonato Brasileiro”, afirmou o presidente tricolor.

Já Diego Cerri falou em desgaste e ‘acúmulo de situações’ e aproveitou para reforçar o desejo do Bahia em contratar um profissional que dure bastante no cargo de técnico.

“Primeiro a gente tem que salientar que dentro do clube há uma unanimidade que a troca frequente de treinador não é benéfica ao futebol. Mas tem momentos que você analisa e muitas vezes o acúmulo de situações causa desgaste, você precisa oxigenar e trazer uma pessoa com novas ideias e acrescentar. O nosso anseio é que a gente consiga identificar uma pessoa que possa durar bastante tempo no comando no Bahia”, analisou o dirigente tricolor.

Ainda segundo Diego Cerri, o Bahia não contratará um treinador apenas para ‘apagar incêndio’. A resposta do dirigente veio após ser questionado sobre um possível retorno de Carpegiani.

“Existe aquela história de treinador tiro curto e não é o que a gente pensa. Conversamos com o elenco, estamos em uma situação difícil no campeonato e não podemos deixar o tempo passar. Temos que nos dedicar mais do que estamos nos dedicando. Garra e luta não faltou no jogo de ontem, mas quando estamos pressionados, o ser humano tira algo a mais. Temos confiança de que vamos dar a volta por cima. Não vamos trazer um treinador para apagar incêndio”, disse.

“Não tem lógica levantar nomes. Temos que debater, traçar o perfil e apresentar o treinador quando tiver contratado”, completou o diretor tricolor.

Guto Ferreira encerrou sua segunda passagem pelo Bahia com 33 jogos, sendo 18 vitórias, seis empates e nove derrotas. Apesar do título estadual e de manter a equipe viva em outras três competições (Copa do Brasil, Sul-Americana e Copa do Nordeste), Guto acabou demitido por conta do rendimento no Brasileirão: duas vitórias, dois empates e cinco derrotas.

Sem Guto Ferreira, o auxiliar Cláudio Prates será o responsável por comandar o Bahia no jogo de quinta-feira (7), contra o Paraná, em Curitiba, pela décima rodada do Brasileirão.