Topo

Credor cobra R$ 10,9 mi do Atlético-MG por negócio de Otero: "vamos à Fifa"

Ex-jogador do Atlético-MG, Otero acertou mudança para o Al Wehda na última semana - Bruno Cantini/Atlético-MG
Ex-jogador do Atlético-MG, Otero acertou mudança para o Al Wehda na última semana Imagem: Bruno Cantini/Atlético-MG

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

05/06/2018 04h00

O Atlético-MG pode ser novamente acionado pelo Huachipato, do Chile, na Fifa. A cobrança, agora, é referente ao empréstimo de Rómulo Otero ao Al Wehda, da Arábia Saudita.

Os chilenos alegam ter direito a 50% do valor recebido pelos mineiros na ida do jogador para o time da Arábia Saudita. O Galo o emprestou por 5 milhões de euros (R$ 21,9 mi) no início da última semana.

"Se o Atlético Mineiro não pagar 50% do valor do empréstimo, vamos à Fifa por infringir o contrato", disse Marcelo Pesce, presidente do clube chileno, ao UOL Esporte. Os mineiros não sinalizaram o pagamento de metade do montante referente ao empréstimo de Otero. A cobrança é de 2,5 milhões de euros (R$ 10,9 mi).

"Não sabemos nada oficial a respeito disso [pagamento de metade do valor] do Atlético Mineiro", comentou Marcelo Pesce. Lásaro Cândido Cunha, vice-presidente e chefe do departamento jurídico do Atlético, foi procurado pela reportagem na noite dessa segunda-feira (4), mas não respondeu às mensagens.

No contrato feito com os árabes, o Galo acertou o empréstimo de Rómulo Otero por 5 milhões de euros. Em caso de interesse na compra do atleta, o clube poderia adquiri-lo pelo mesmo valor - 5 milhões de euros. Desta forma, o Galo lucraria 5 milhões de euros com o empréstimo e mais 2,5 milhões de euros com a venda, já que detém 50% dos direitos do atleta. O restante pertence ao Huachipato, que faturaria 2,5 milhões de euros com a operação.

Os chilenos já acionaram a Fifa para cobrar 600 mil euros (R$ 2,6 mi) do Galo. Eles alegam que receberam 200 mil euros do clube de Belo Horizonte na compra de 50% dos direitos e que não foram pagos com o restante do combinado. O processo foi homologado no órgão que rege o esporte em março passado.