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Ex-presidente se reaproxima e ajuda Atlético-MG a pagar R$ 22 mi por Chará

Thiago Fernandes e Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

11/06/2018 04h00

O Atlético-MG contou com um empréstimo de Ricardo Guimarães, ex-presidente do clube e diretor do Banco BMG, para acertar a contratação de Yimmi Chará. Os mineiros pagarão 6 milhões de dólares (R$ 22,2 mi) para tirá-lo do Junior Barranquilla, da Colômbia.

Com o intuito de desvencilhar a ligação da instituição financeira ao acordo, Hissa Elias Moyses, braço-direito de Ricardo Guimarães, concedeu entrevista ao UOL Esporte para explicar o fato.

"Não tem nada a ver com o BMG. Eu aceitei dar entrevista justamente para explicar isso. Foi o Ricardo Guimarães, como pessoa física, que decidiu ajudar o Atlético a contratar este jogador", disse.

A informação sobre a ajuda do Banco BMG na compra do atleta foi divulgada inicialmente pela Rádio Itatiaia e confirmada pelo UOL.

A ajuda de Ricardo Guimarães ao Atlético foi uma tentativa de se reaproximar do clube. Com a imagem um pouco desgastada na cúpula pelos constantes auxílios ao arquirrival Cruzeiro, o empresário optou por entrar no negócio e ajudar o Galo.

A oferta do conselheiro foi prontamente aceita por Sergio Sette Câmara. Com o empréstimo, o clube avançou no negócio e acertou a sua contratação.

O Galo adquiriu 70% dos direitos econômicos do atacante de 27 anos por US$ 6 milhões. O restante dos direitos permanece com o Junior Barranquilla, seu ex-clube. O contrato de Chará na Cidade do Galo terá duração de cinco temporadas.

Em 2017, o Atlético havia aumentado o débito ao ex-presidente Ricardo Guimarães. De acordo com o balanço financeiro divulgado aos conselheiros no início de abril, a dívida com empresas comandadas pelo antigo mandatário chegou a R$ 123,6 milhões. O clube deve R$ 55,4 mi ao Banco BMG e R$ 68,2 mi à EGL Empreendimentos Gerais Ltda.