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Sporting tem presidente afastado após 4 da seleção portuguesa se demitirem

Bruno de Carvalho, presidente do Sporting - Divulgação/Sporting
Bruno de Carvalho, presidente do Sporting Imagem: Divulgação/Sporting

Do UOL, em São Paulo

13/06/2018 11h48

A longa novela na qual se transformou o Sporting, um dos principais clubes portugueses, ganhou um importante capítulo nesta quarta-feira, quando a comissão de fiscalização anunciou a "suspensão preventiva com efeitos imediatos" do presidente do clube, Bruno Carvalho. Ele é acusado de violar os estatutos do clube e, até segunda ordem, está impedido de entrar em Alvalade.

"Esperemos não ser preciso recorrer à via judicial e à remoção coercitiva. Se necessário, é o que faremos", afirmou Rita Garcia Pereira, da comissão de fiscalização, em entrevista coletiva. Logo em seguida, Carvalho falou à entrevista coletiva que havia convocado.

O afastamento gera uma situação peculiar. Bruno de Carvalho está suspenso da presidência do clube Sporting, mas não da presidência da empresa Sporting, que tem ações na bolsa de valores. Ele tem mandato até 30 de junho como representante do acionista maioritário, que é o clube Sporting.

Entenda: Agredidos por torcedores, atletas do Sporting foram expostos por presidente

Há duas semanas, 21 associados do Sporting entraram com uma denúncia contra Carvalho por "prática de gravíssimos ilícitos disciplinares que colocam em causa a própria subsistência da instituição Sporting Clube de Portugal".

Só na terça-feira três jogadores de alto nível solicitaram o desligamento por justa causa: Gelson Martins, Bruno Fernandes e William Carvalho, todos atletas que estão com a seleção de Portugal na Copa do Mundo. O quarto jogador do Sporting na seleção, o goleiro Rui Patrício, rescindiu contrato ainda no início do mês, pelo mesmo motivo.
Além dos portugueses também rescindiu o atacante holandês Bas Dost, que tinha contrato com o Sporting até junho de 2020 e era um dos principais destaques do elenco. Em 90 jogos pelo Sporting, o holandês marcou 70 gols. O prazo para rescisões termina na quinta-feira, quando as agressões completarão 30 dias.