Conselheiros protocolam 3º pedido de impeachment de presidente do Santos
O conselheiro do Santos, Esmeraldo Soares de Campos Tarquínio Neto, protocolou um pedido de impeachment contra o presidente do clube, José Carlos Peres, na secretaria do Conselho Deliberativo, na Vila Belmiro. É o terceiro impedimento contra o mandatário santista em apenas seis meses de mandato.
Antes dele, o conselheiro Alexandre Santos e Silva, protocolou os dois primeiros, o segundo na semana passada. O terceiro pedido é considerado o mais embasado e, inclusive, contém maior número de conselheiros: 101, sendo dois conselheiros natos e 36 efetivos. O estatuto do clube pede, no mínimo, 20 conselheiros.
A representação se baseia nas empresas do presidente que estariam em desacordo com artigo 61, parágrafo terceiro do Estatuto Social.
O pedido de impeachment tem 158 páginas. O documento se baseia nas empresas do presidente, apontando infrações ao Estatuto cometidas por Peres nas empresas Saga Talent e Peres Sports e Marketing, fechada em 23 de maio deste após o assunto repercutir na imprensa.
“Mesmo com o presidente fechando a Saga Talent em maio deste ano, ele cometeu infração estatutária grave. E mais, como um dos sócios da empresa está reivindicando 10% da venda de Gabigol à Inter de Milão em uma ação judicial contra o Santos e contra a família do atleta se Peres alega que a vinda dele ao clube foi ‘de graça’? Como a empresa nunca atuou, se na coletiva para falar do caso ele afirma que ajudaram muitos meninos? A Comissão de Inquérito e Sindicância tem que apurar. Afinal, segundo a própria CBF em comunicado público, mesmo que tenha agido informalmente, como alega o presidente, ele exerceu, na condição de sócio da empresa, a função de empresários de atletas, o que infringe o nosso Estatuto”, explica Tarquínio.
Entenda o andamento do impeachment
Após receber o pedido (que deve ser feito por no mínimo 20 conselheiros), o Presidente do Conselho, Marcelo Teixeira, terá cinco dias para remeter o mesmo à Comissão de Inquérito e Sindicância (CIS).
A CIS em cinco dias dará ao representado ciência do processo de impedimento. O presidente José Carlos Peres terá dez dias, a partir do recebimento do expediente da Comissão, para apresentar a CIS sua defesa e as provas que pretende produzir. Esgotado o prazo da defesa, a CIS terá sete dias para remeter parecer ao presidente do Conselho Deliberativo, que deve convocar sessão extraordinária do egrégio órgão para deliberar sobre o parecer.
O que é votado pelos conselheiros é o parecer da CIS. A votação é por voto secreto. Se o impedimento for aprovado no Conselho Deliberativo, deverá ser convocada Assembleia Geral dos Sócios do clube para aprovar a saída por maioria. Por fim, quem decidirá o futuro do clube, neste caso, são os sócios.
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