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CEO, Autuori, Abel e debandada geral: Fluminense se despedaça em 46 dias

Paulo Autuori foi mais um a deixar a administração do Fluminense - Lucas Merçon/Fluminense
Paulo Autuori foi mais um a deixar a administração do Fluminense Imagem: Lucas Merçon/Fluminense

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

20/06/2018 04h00

Em um intervalo de 46 dias, o presidente Pedro Abad viu o trio de ferro contratado para tocar o dia a dia do futebol Fluminense deixar as Laranjeiras e tornar ainda mais complicada a sua missão de pacificar o clube.

Na parte administrativa, o CEO Marcus Vinicius Freire, aposta para profissionalizar a gestão do clube e acelerar projetos, sucumbiu. Sem dinheiro em caixa e diante da impossibilidade de colocar suas ideias em prática, deixou o clube em comum acordo.

Contrariado com a perda de Freire e sem esconder seu descontentamento com os seguidos atrasos salariais, o diretor esportivo Paulo Autuori também abandonou o barco. Responsável pela blindagem do departamento de futebol, o ex-técnico tinha a admiração dos funcionários, mas foi outro que não suportou mais os problemas.

Como em um efeito dominó, caiu a última peça que restava: Abel Braga. Além das mesmas razões que levaram os outros profissionais para outros caminhos, o treinador chegou à conclusão de que não conseguiria tirar nada mais do time. Exausto, pediu o boné.

A vaga de Freire não deve ser preenchida, assim como Paulo Angioni, substituto de Autuori, não deve exercer papel tão amplo quanto o de seu antecessor no posto. Já o substituto preferido para o lugar de Abel é Dorival Júnior, que alegou uma questão pessoal para não aceitar imediatamente o convite.

Fora estas peças-chave, o Fluminense também foi varrido pela debandada de cinco vice-presidentes que compunham a gestão de Abad, fato ocorrido neste mesmo espaço de tempo. Em evidente rota de colisão com a administração, Cacá Cardoso (vice geral), Miguel Pacha (jurídico), Diogo Bueno (finanças), Idel Halfen (marketing) e Sandor Hagen (governança) deixaram suas pastas.

De lá para cá, Abad ainda busca os melhores quadros possíveis, mas sabe que as escolhas têm interferência direta no tabuleiro da política tricolor, que ferve e atinge diretamente os rumos do futebol do Flu.