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Jair "estranha" ameaça de demissão mesmo após vitória sobre o Fluminense

Daniel Vorley/AGIF
Imagem: Daniel Vorley/AGIF

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

26/06/2018 15h50

O técnico Jair Ventura disse que acompanhou a definição de seu futuro no Santos pela imprensa. O treinador, inclusive, alega que não entendeu o risco de demissão mesmo com a vitória diante do Fluminense, no Maracanã, último jogo do Campeonato Brasileiro antes do recesso da Copa do Mundo, da Rússia.

Após o jogo contra o Flu, o presidente José Carlos Peres declarou publicamente que o treinador não estava garantido no cargo e que só decidiria o futuro de Jair Ventura em reunião entre os dirigentes santistas.

Jair, na verdade, só foi confirmado no cargo após a chegada do diretor executivo de futebol, Ricardo Gomes, apresentado como novo dirigente do clube na última quinta-feira. O ex-zagueiro "bancou" o treinador, mas cobrou resultados imediatos.

"Fiquei acompanhando tudo, via Santos e treinador não houve conversa alguma. Saí e voltei treinador do Santos, da mesma maneira. Aconteceram alguns momentos de alguma crise, se não ganhar do Vitória, do Fluminense… Jair tem última chance, aí ganha e vou ler, falei pronto, agora falaram que seria reavaliado. Aí tem reunião, pô! O que adiantou ganhar do Fluminense? O que eu tenho que fazer mais? Aí teve a reunião, meu telefone não tocou, e aí eu segui (risos). Voltei sendo treinador do Santos, feliz", disse o técnico, antes de já projetar o segundo semestre.

"Não é pela questão de emprego, treinador não tem vida longa, se eu sair do Santos vou ter outro emprego, mas a questão é a forma que o Santos me abraçou, grupo de trabalho muito bom. Vocês entrevistam e eles sempre elogiam o trabalho. Emprego vamos conseguir, mas saber que estamos ajudando é muito bom. Participando da formação, lançando uma joia como o Rodrygo, algo que levaremos para o resto da vida. Lançando Yuri Alberto, enfim. E é saber que agora o segundo semestre teremos jogos mais decisivos. E ficar fora de um trabalho depois de tantas mudanças, principalmente troca de gestão, de elenco e o comando técnico. Os três pilares. Muitas mudanças juntas causam alguma oscilação, mas a gente só não tava vivo para brigar pela tríplice coroa, faltava o Brasileiro. Temos um jogo a menos e podemos brigar em cima, falta muita coisa. Santos vai voltar mais forte, ainda não chegaram, mas a gente está trabalhando. Teremos o Bruno Henrique, sempre bati na tecla. Quando perdíamos, esqueciam, mas aí ele voltou e me deu uma sobrevida. Santos vai voltar mais forte, sim", completou.

Neste período, o Santos procurou Abel Braga, mas a rejeição do ex-treinador do Fluminense e um salário entre R$ 700 mil e R$ 900 mil, só ajudaram para a permanência de Jair Ventura. Zé Ricardo, Cuca e Dorival Júnior são monitorados.

O Santos ainda realizará mais de três semanas de treinos até o clássico contra o Palmeiras no próximo 19, no Pacaembu, válido pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. Antes, o alvinegro praiano viajará ao México, onde jogará partidas amistosas contra Monterrey e Querétaro, nos dias 7 e 10, respectivamente.