Santos recusa oferta para ter Ganso em troca de "penhora" de joias da base
O Santos recusou proposta de um investidor que tem interessa em repatriar o meia Paulo Henrique Ganso. O UOL Esporte apurou que uma empresa prometeu contratar o meia em definitivo do Sevilla, da Espanha, e repassá-lo ao clube paulista.
Mas a ideia do grupo de investidores não se trata de nenhuma caridade ao Santos. Isso porque eles pediram 5% dos direitos econômicos da maioria dos atletas das categorias de base do clube em troca do investimento em Ganso.
A diretoria santista considerou a proposta "megalomaníaca e indecente" e rapidamente recusou. A cúpula alvinegra prefere não expor o nome dos investidores pois não descarta outros negócios com eles. Revelam apenas que a empresa é do Sul do país.
O presidente José Carlos Peres e companhia avaliam a contratação de Ganso como quase impossível.
A diretoria santista descobriu que o atleta não aceita ganhar menos de R$ 750 mil mensais para voltar a defender o alvinegro praiano.
Além do alto salário, Ganso ainda pediu um valor considerável de luvas para acertar o retorno. Após a nova consulta, o Santos considerou a contratação como um "sonho impossível". O clube paulista avisou que aceita pagar R$ 450 mil de ordenado mensal caso o atleta consiga a sua liberação na Espanha.
Ganso foi revelado pelo Santos em 2009 ao lado de Neymar. A dupla brilhou em 2010 e 2011, conquistando três títulos neste período: Campeonato Paulista, Copa do Brasil e Copa Libertadores da América.
No entanto, Ganso entrou em rota de colisão com a diretoria do Santos, comandada por Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, na época. A novela entre as partes começou em 2010, quando o clube desistiu de apresentar ao jogador um plano de carreira semelhante ao oferecido a Neymar. A diretoria santista voltou atrás no "acordo" após o atleta sofrer uma grave lesão no joelho.
O jogador acredita que foi desvalorizado pelo clube, já que a diretoria santista não o procurou durante o processo de recuperação. Por conta disso, Ganso foi vendido ao São Paulo em 2012. Durante as negociações para se transferir para o clube do Morumbi e também em jogos que defendeu o tricolor na Vila Belmiro, o meia sempre foi chamado de mercenário pelos torcedores e recebeu até “chuva de moedas” em um dos jogos em que visitou o alvinegro praiano.
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