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Após sucesso com Tréllez, Vitória aposta em trio argentino; conheça-os

Trelléz teve sucesso nos meses que defendeu a camisa do Vitória - Mauricia da Matta/Vitória
Trelléz teve sucesso nos meses que defendeu a camisa do Vitória Imagem: Mauricia da Matta/Vitória

Marcello De Vico

Do UOL, em Santos (SP)

17/07/2018 04h00

Hoje no São Paulo, Santiago Tréllez foi contratado pelo Vitória na metade de 2017. Com atuações convincentes e bola na rede, o atacante colombiano precisou de pouco tempo na Toca do Leão para conquistar os torcedores rubro-negros: foram dez gols em 23 jogos pelo Campeonato Brasileiro do ano passado, o que fez alguns clubes irem atrás do centroavante de 1,85 m.

Após algumas negociações, Tréllez deixou o Vitória rumo ao São Paulo, no fim de janeiro desta temporada. E além dos benefícios em campo, uma vez que Tréllez foi o artilheiro do time no Brasileiro – com dez gols – e acabou sendo decisivo para a permanência do Vitória na primeira divisão, o clube também teve uma recompensa financeira: recebeu R$ 6 milhões do São Paulo.

Agora, o Vitória volta a apostar em jogadores sul-americanos. Entre a parada da Copa do Mundo e a última segunda-feira (16), o clube baiano contratou três jogadores argentinos, todos por empréstimos até a metade de 2019: o lateral esquerdo Marcelo Benítez, do Defensa y Justicia-ARG, o volante Marcelo Meli, do Racing-ARG, e o atacante Walter Bou, do Boca Juniors-ARG.

Se eles terão o mesmo sucesso de Tréllez, só o tempo dirá. Mas antes de eles entrarem em campo, nós do UOL Esporte apresentamos mais detalhes sobre os novos reforços do Vitória – que, durante a Copa do Mundo, ainda contratou o zagueiro Ruan Renato (Áustria Viena-AUT), o volante Arouca (Atlético-MG) e os atacantes Bruno Gomes (Estoril-POR) e Erick (Braga-POR).

Marcelo Meli: já até conquistou a torcida

Marcelo Meli, Carlos Tévez e Daniel Díaz em treino do Boca Juniors - Reprodução/Facebook - Reprodução/Facebook
Marcelo Meli, Carlos Tévez e Daniel Díaz em treino do Boca Juniors
Imagem: Reprodução/Facebook
Nascido em Salto, província de Buenos Aires, Marcelo Meli iniciou sua carreira no Colón-ARG, onde permaneceu durante cinco temporadas e acabou despertando o interesse do Boca Juniors-ARG. Pelo time xeneize, viveu seu auge em 2015, quando marcou cinco gols em 39 jogos e ajudou a equipe a conquistar o Campeonato Argentino e a Copa Argentina.

Sua primeira experiência fora do futebol argentino foi no Sporting, de Portugal, na temporada 2016/17. Atualmente, o volante estava no Racing, onde fez 20 partidas neste ano. Seu último jogo com a camisa do Racing foi em maio, pela Super Liga argentina. Ele também atuou em jogos da Libertadores nesta temporada 2018, incluindo a goleada do Racing sobre o Vasco, por 4 a 0, no final de abril, em jogo que entrou no começo do segundo tempo.

Dentro os três argentinos, é certamente o que, ao menos antes de entrar em campo, mais conquistou a torcida rubro-negra. Isso porque ele usará o número de camisa 73 por causa da histórica goleada por 7 a 3 sobre o rival Bahia, em 2013, pela primeira final do Estadual. “Na verdade, escolhi o número (73) após conhecer a história do Vitória. Vi o jogo do 7 a 3, então gostei do número e fiquei com isso”, revelou durante a sua apresentação na Toca do Leão.



Marcelo Benítez: “meu forte é ser ofensivo”

Lateral esquerdo Marcelo Benítez durante passagem pelo Belgrano-ARG - Divulgação/Belgrano - Divulgação/Belgrano
Marcelo Benítez estava defendendo as cores do Belgrano-ARG
Imagem: Divulgação/Belgrano
Nascido na cidade de San Francisco Solano, Benítez iniciou a carreira nas categorias de base do Lanús-ARG, mas ganhou destaque no Defensa y Justicia-ARG, onde atuou entre 2010 e 2016, até ser emprestado ao Godoy Cruz-ARG. Mas apesar de pertencer ao Defensa, ele estava jogando pelo Belgrano-ARG no Campeonato Argentino - onde atuou em 21 jogos, todos como titular.

Durante a sua apresentação, Benítez falou sobre sua principal característica em campo: “Minha característica mais forte é ser ofensivo. Gosto de avançar, sou um jogador que gosta de chegar à área adversária. Porém, sempre com a responsabilidade de ter que marcar e estar sempre atento à hora de defender. Creio que o meu forte é ter a bola, criar e chegar à área adversária”.

Com Benítez, o Vitória ganha uma boa opção para a bola parada. O último gol marcado pelo argentino foi justamente em uma cobrança de falta. Um golaço (veja no começo do vídeo abaixo).



Walter Bou: esperança de gols, assim como o irmão

Walter Bou, atacante que defendia o Boca Juniors - Marcelo Endelli/Getty Images - Marcelo Endelli/Getty Images
Walter Bou é irmão de Gustavo Bou, artilheiro da Libertadores de 2015
Imagem: Marcelo Endelli/Getty Images
Aos 24 anos, o novo camisa 9 do Vitória iniciou sua carreira no Gimnasia-ARG, mas ganhou destaque no Boca, onde atuou durante duas temporadas, conquistando dois títulos da primeira divisão argentina. Pelo time xeneize, o atacante atuou em 12 jogos este ano e fez três gols.

Walter Bou participou de três dos seis jogos do Boca nessa Libertadores. O atacante inclusive foi a campo na derrota para o Palmeiras, por 2 a 0, na La Bombonera, mas foi utilizado apenas nos minutos finais da partida. Ele soma três gols em 2018, todos marcados no Argentino.

Walter é irmão (mais novo) de Gustavo Bou, de 28 anos, destaque do futebol argentino há alguns anos e que hoje defende o Tijuana, do México. Revelado pelo River Plate, Gustavo brilhou pelo Racing especialmente em 2015, quando terminou a Libertadores como artilheiro (oito gols).